Henarcy Oliveira conta que, como o paciente não estava desacordado, pediu que ele mesmo descrevesse o seu quadro de saúde ao médico do 192. “Sou telefonista do SAMU há 15 anos e já atendi ligação de crianças tentando passar trote ao órgão. Então fiquei emocionada com essa menina que fez uso correto do serviço e conseguiu ajudar o seu pai. Para mim, ela é exemplo de cidadania”.
“Na minha casa, moro só eu e a minha filha, há cinco anos. Procuro ensiná-la da melhor forma possível. No sábado, tive uma crise renal, estava me contorcendo de dor e não estava em sã consciência para captar o que ela estava fazendo. Mas ela ligou para o 192, para os irmãos e ficou do meu lado até a ambulância chegar. Foi um ato muito louvável”, relata o senhor Francisco de Assis, após ter o seu quadro de saúde estabilizado.
Segundo o diretor médico do SAMU, José Ivaldo, os adultos devem ensinar as crianças para que servem os serviços de urgência e os telefones para acioná-los. “Esse conhecimento pode contribuir para salvar vidas. Sugerimos ainda que a população coloque um lembrete na geladeira com os telefones dos serviços de urgência (SAMU, Corpo de Bombeiro e Polícia), não só o do botijão de gás”.
O SAMU é um programa do Governo Federal, administrado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, e que presta socorro em caso de urgência clínica, obstétrica, traumática e psiquiátrica. Para acionar o serviço, a população liga para o 192. O seu primeiro contato é com telefonistas e, em seguida, a ligação é repassada para médicos, que podem fazer apenas orientações ou liberar ambulâncias ao local.