O condenado foi levado a julgamento pela prática dos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio e ocultação de cadáver
Igor Rodrigues de Sousa foi condenado pelo Tribunal Popular do Júri pelos crimes de feminicídio qualificado e ocultação de cadáver da adolescente Gisele Vitória Silva Sampaio, também conhecida como Sereia, de 17 anos. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (07) e durou quase 12 horas.
A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal fixou a pena de 22 anos para o condenado, determinando o regime fechado e ainda terá que pagar uma indenização de R$ 150 mil para a família de Gisele. A pena será cumprida na Penitenciária José Ribamar Leite, antiga Casa de Custódia em Teresina, onde já estava detido desde abril de 2023 O crime ocorreu no Tribunal do Crime, em março de 2021, na zona norte de Teresina. O corpo de Gisele Vitória foi encontrado cerca de um mês depois do homicídio, às margens do Rio Poty, na zona norte de Teresina.
O Ministério Público do Piauí, representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto, teve a sua tese acolhida na íntegra pelo Conselho de Sentença e conseguiu a condenação do réu Igor Rodrigues de Sousa, integrante de uma facção criminosa, a uma pena de pena de 22 anos e 02 meses de reclusão, em regime fechado, além de uma indenização aos familiares da vítima de R$ 150.000,00. O réu foi imediatamente conduzido à penitenciária para iniciar o cumprimento da pena.
O condenado foi levado a julgamento pela prática dos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio e ocultação de cadáver. Em março de 2021, nas proximidades da margem do Rio Poty, próxima a Casa de Bombas do Dique do bairro Vila Mocambinho, zona norte, em Teresina, o acusado participou ativamente do assassinato de Gizele Vitória Silva Sampaio, adolescente com 17 anos de idade. A vítima foi levada ao local do crime pelo acusado. No local, Gizele foi obrigada a cavar a própria cova e depois foi executada com dois disparos de pistola na nuca. O acusado enterrou e ocultou o corpo da vítima em um cemitério clandestino, situado nas margens do Rio Poty.“Estes crimes à época dos fatos causaram grande repercussão na sociedade de Teresina, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia de mais um crime de feminicídio, cometido em um contexto de rixa de facções criminosas”, frisa o promotor João Malato Neto.