Grupo entrará com representação no MPE para apuração das denúncias
Matéria de Lays Viana
A frente ampla dos partidos Progressistas, União Brasil e Republicanos, que tem como pré-candidato à Prefeitura de Teresina o médico e ex-prefeito da cidade Silvio Mendes, decidiu entrar com representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) nos próximos dias contra um dos grupos adversários nas eleições municipais da capital, o liderado pelo PT, cujo pré-candidato a prefeito é o deputado estadual Fábio Novo.
O bloco liderado pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas) alega assédio por parte da coalizão petista. Pré-candidatos a vereador do Republicanos, Progressistas e União Brasil dizem ter recebido propostas financeiras e até de cargos públicos (na estrutura do Governo do Estado) para desistirem de disputar o pleito e apoiar Novo.
Nesta sexta-feira (31) membros dos partidos denunciantes concederam entrevista coletiva à imprensa ao lado da advogada eleitoral Ivilla Araújo, na sede do União Brasil, onde afirmaram que há provas em vídeos e prints de Whatsapp, além de depoimentos, que somam mais de dez vítimas.
Estiveram presentes o presidente estadual do Progressistas (PP), Joel Rodrigues; o presidente municipal do mesmo partido, vereador Aluísio Sampaio; o deputado estadual Gessivaldo Isaías (Republicanos), bem como os vereadores Ismael Silva (Progressistas) e Paulo Lopes (União Brasil).
A representação, de acordo com a advogada, é direcionada ao irmão de um secretário estadual e a um pré-candidato a vereador de Teresina. Ela alega abuso de poder político e quebra da isonomia referente às eleições deste ano.
“Vamos representá-los por abuso de poder político e abuso de poder econômico, e quebra da isonomia, referente ao pleito que se avizinha, bem como vamos apresentar notícia de fato, com toda a gama probatória para o Ministério Público Eleitoral para que ele faça as apurações da existência ou não de crime por parte de quem oferece e por parte de quem recebe […]. Dentre as notícias, os fatos que estamos recebendo, também há a colocação de nomes políticos, oferecendo respaldo político por parte de quem hoje está no comando de algumas pastas”, pontua a Ivilla Araújo.
Joel Rodrigues destaca a iniciativa ocorreu após pedido dos pré-candidatos que recusaram os convites indevidos.
“Através das pesquisas querem mostrar um empate técnico ou um resultado que, na prática, não existe e que nós já sabemos que muitos desses institutos já são condenados exatamente por essas práticas irresponsáveis, de números que não são verdadeiros. Diante desse desespero vem também o assédio a pré-candidatos, mostrando claramente que quando há uma campanha bem organizada, uma campanha crescente, quando há uma tranquilidade do candidato, não há o desespero, não há o assédio. E a gente vê que são todos os artifícios usados para tentar enganar o teresinense que não se deixa levar por isso […]. Nós estamos buscando uma solução para dar uma resposta aos nossos pré-candidatos, porque se eles quisessem estar lá, eles não teriam trazido provas pra gente, eles teriam aceitado o assédio”, diz o presidente estadual do Progressistas.