Os dois países divulgaram uma nota conjunta nesse sábado (24)
Na noite desse sábado (24), os governos do Brasil e da Colômbia divulgaram uma nota conjunta no X exigindo novamente que as autoridades da Venezuela tornem públicas as atas de votação das eleições presidenciais que ocorreram no dia 28 de julho.
Ambos os países não reconheceram a suposta vitória do autocrata Nicolás Maduro, que foi anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral e também referendada na última quinta-feira (22) pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela. No entanto, as duas instituição não são independentes e são completamente controladas pelo regime de Maduro.
De acordo com a nota, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro “permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis”.
Lula e Petro voltaram a conversar nesse sábado (24) sobre a crise venezuelana, que já fez 27 vítimas fatais e 2 mil presos por conta da repressão do governo aos protestos da oposição contra as fortes evidências de fraudes eleitorais.
O CNE ainda não divulgou os números finais da votação. Além disso, as atas eleitorais foram colocadas em sigilo pelo Supremo Tribunal ainda na mesma decisão em que referendou o posicionamento das autoridades eleitorais do país.
Os dois governos também afirmaram que “manifestam sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão. Compartilham o entendimento de que sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis”.
Apesar disso, Brasília e Bogotá, não aponto outro tipo de pressão a ser aplicada sobre a autocracia de Madura para respeitar a democracia e o desejo dos eleitores da Venezuela.