“Quem não quer trabalhar também não deve comer”. Esta talvez seja a mais conhecida das frases de Paulo, o apóstolo amigo de Deus, o grande missionário de Cristo.
Paulo, como todos sabem, era um perseguidor dos seguidores de Jesus, até o dia em que ouviu a voz do próprio Cristo a perguntar-lhe: “Por que me persegues, Paulo?’’ Paulo se converteu ali.
Neste instante Paulo não só viu, mas sentiu que estava errado. Arrependeu-se e dedicou-se de corpo e alma divulgar a palavra de Deus.
“Trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a ninguém”, escreveu ele.
Paulo trabalhou para comer com o suor do seu próprio rosto.
A pergunta que se faz hoje é: quando finalmente também vamos ouvir a voz de Cristo. Quando finalmente vamos entender que temos que trabalhar para poder comer com o salgado suor do nosso rosto?
No Brasil – e no Piauí em particular – tantos ignoram os ensinamentos de Paulo…
Tantos vivem amarrados às tetas oficiais, tantas famílias vivem sugando os cofres públicos, fingindo que trabalham, mas na verdade só recebem o salário no final do mês.
Recebem um dinheiro que não ganharam. Recebem um dinheiro que não ganharam e não demonstram nenhum tipo de arrependimento, nenhum constrangimento.
Estes comem muito bem sem suor algum. Comem sem saber o que é suar o rosto. Comem – e comem muito bem – graças a generosidade perdulária do estado.
Esperar consciência desse tipo de gente é perda de tempo. São sanguessugas que se alimentam do sangue e do suor alheio. São mercenários que preferem vender a alma ao capeta a ouvir a palavra de Paulo e a voz de Cristo.
Se depender deles serão eternamente um peso para a sociedade; um peso enorme para os homens e mulheres de bem que pagam seus tributos honestamente.
Alguém tem que se revoltar e se indignar com isso.
Não há mais espaço para se brincar de Papai Noel o ano inteiro, embora muitos, inclusive o governo, pensem que sim.
Essas pessoas que vivem sem saber o que é suar o rosto são pessoas sem consciência, são pessoas que se julgam merecedoras de todos os luxos e que se imaginam acima de tudo e de todos, merecedores de todas as virtudes.
Esquecem que cada salário pago a quem não trabalha equivale a um salário que deixa de ser pago a quem trabalha.
Mas o que importa?
Se o meu salário é pago em dia, por que me preocupar com essas pessoas desafortunadas e Ignoradas pela sorte?
Afinal há quem diga que pobre é quem é metido a besta.
Rico não.
Rico é outra coisa.