Ex-presidente da República fez pronunciamento sobre o ocorrido nas redes sociais
O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), emitiu uma nota de repúdio referente às explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no fina da tarde dessa quarta-feira (13), que culminou com a morte do responsável, o ex-candidato a vereador de Santa Catarina pelo mesmo partido, Tiü França.
Na manhã desta quinta-feira (14), Bolsonaro postou em sua conta do Instagram um texto pedindo pacificação e alegou que o ato, cujo autor, de 59 anos, já havia anunciado dias antes em grupos de WhatsApp que tentaria fazer um atentado, é um fato isolado.
O ex-presidente considera que o assunto merece atenção e reflexão quanto à necessidade do cultivo de ambientes adequados para que ideias divergentes possam ser confrontadas de forma pacífica.
“Lamento e repudio todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem na Praça dos Três Poderes. Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo, é um acontecimento que nos deve levar à reflexão”, disse em trecho da nota.
Junto ao corpo de França foram encontrados vários explosivos no local, no entanto, a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) ainda não conseguiu identificar quantos foram detonados e os tipos de artefatos usados.
Ao todo, foram ouvidas três explosões, que ocorreram logo após a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros foram retirados do local imediatamente e a Polícia Federal investiga se, de fato, trata-se de um ato terrorista.
“Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força. A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação”, escreveu Bolsonaro.
O acontecido pode prejudicar as negociações junto ao Senado para a anistia dos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro. Em entrevista ao site Metrópoles, neste mês, o ex-chefe do Executivo nacional admitiu que o partido dialoga com o centrão para firmar aliança em apoio ao nome de Davi Alcolumbre (União-AP) na Presidência da Casa.
Em recompensa, o PL ficaria com a vice-presidência. Dessa forma, na ausência de Alcolumbre, a anistia aos condenados bolsonaristas envolvidos nos ataques seria pautada.
Confira a nota na íntegra: