Deputado estadual disse que é preciso aprofundar o tema sobre o fim da escala 6×1
Diante do debate nacional em torno do fim da escala de trabalho 6×1, que propõe a mudança do atual formato para 4×3, o deputado estadual Severo Eulálio (MDB) posicionou-se contrário à medida, que está em trâmite na Câmara dos Deputados.
O parlamentar considera que o tema ainda precisa ser aprofundado, mas acredita que o sistema que estabelece quatro dias de trabalho e três dias de folga, cuja PEC foi proposta pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), não funciona no Brasil.
Em entrevista à imprensa, nessa quinta-feira (21), Eulálio disse que o aumento de folgas aos trabalhadores pode prejudicar o setor produtivo brasileiro e, consequentemente, a geração de emprego e renda.
“O 4×3, sinceramente, aqui, a grosso modo, eu acho que o Brasil não suporta um sistema desse. A população está precisando de emprego, está precisando trabalhar, o Brasil está precisando produzir, crescer. Nós temos mesmo que crescer, nós temos que evoluir. Então, nós temos que discutir e aprofundar esse tema para que a gente possa ver o melhor direcionamento para o Brasil”.
Para o deputado, é preciso olhar não apenas para o lado dos empregados; mas também das empresas.
“Todos têm direito ao seu lazer, seu descanso. Isso ninguém discute, mas todos também precisam trabalhar para ter o pão de cada dia na sua mesa de sua casa, todas as empresas precisam também para gerar emprego e renda para que o Brasil possa crescer, o Piauí possa crescer, trabalhar e ter trabalho. Então, é um tema, realmente, muito polêmico e nós temos que aprofundar as discussões”, frisou.
Sobre a PEC
A PEC do fim da escala 6×1 alcançou na semana passada a quantidade necessária de assinaturas de parlamentares da Câmara Federal para que a proposta fosse protocolada. De acordo com o texto, apesar da redução dos dias trabalhados, os salários devem ser mantidos sem alterações.
O próximo passo é a análise nas comissões internas antes da matéria ser enviada para votação em Plenário. É preciso que ao menos 308 dos 513 deputados federais deem voto favorável para que a medida seja aprovada na Casa e, então, encaminhada para aprovação do Senado.
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