Themístocles pode ficar de fora
A possível reaproximação entre o PT e o Progressistas vem dividindo opiniões entre membros da base aliada do governador Rafael Fonteles (PT), que pode prejudicar postulantes às eleições estaduais de 2026.
Para o vereador de Teresina Dudu (PT), a retomada de uma aliança do grupo com a sigla liderada nacionalmente pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que faz oposição ao governo estadual e que foi ministro na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, não será problema.
O parlamentar defende que a especulada articulação entre os partidos, se concretizada, será benéfica à governabilidade do presidente Lula.
Em entrevista à imprensa nessa terça-feira (26) o petista declarou que Ciro será bem-vindo e que os partidos da chapa governista deverão ceder espaços para comportar a todos.
“Quatro vagas estarão em disputa na majoritária. O MDB, hoje, tem duas vagas. O MDB vai ter estrutura e envergadura para manter as duas? O PT, hoje, tem uma vaga, que é a reeleição do próprio governador Rafael. É o tamanho do PT? Ora, nós saímos da eleição [de 2022] com 12 deputados estaduais eleitos, quatro deputados federais eleitos, o governador e o presidente eleito. Então, quando o PT entrou, entrou com a composição menor que a do MDB. Aí tem a outra vaga, que hoje é disputada pelo PSD e existem essas duas vagas de senado. Na minha opinião, dará, sim, para comportar todo esse time. Agora, alguém vai ter que diminuir o seu tamanho”, enfatizou.
A fala de Dudu revela uma provável estratégia de exclusão do atual vice-governador do estado, Themistocles Filho (MDB), da majoritária, considerando que a vaga de senador sonhada pelo presidente regional do PSD, o deputado federal Júlio César, passaria para o progressista, que buscará a reeleição.
Consequentemente, a maneira de incluir o PSD na chapa seria substituir o MDB na vaga de vice. Resta saber se, de fato, a medida agradaria aos aliados de Fonteles.
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