26/11/2024

Ao rei tudo, até a honra!

12 de fevereiro de 2020

O governador Wellington Dias chegou a considerar muito pequena a proposta do presidente Bolsonaro de zerar os impostos sobre combustíveis em troca do fim da cobrança do ICMS nos estados.

O governador do Piauí e os demais governadores do Brasil,  defendem uma reforma tributária para se equacionar o problema.

Fica claro que o governante não está muito preocupado em oferecer ao seu contribuinte uma carga tributária um pouco mais leve.

Fica claro, bem claro, que a preocupação maior é com o cofre.

O governante, é verdade, deve sim se preocupar com o cofre público, mas deve também se preocupar – e muito – com o bem estar do cidadão.

É preciso entender que o cidadão não nasce, vive e morre  apenas para pagar impostos.

O estado tem suas obrigações para com a população, obrigações que nem sempre cumpre.

O cidadão brasileiro, explorado eternamente por uma infinidade de impostos, não tem saúde, não tem educação, não tem segurança. Isso para dizer o mínimo.

O cidadão brasileiro, em determinadas situações, não tem sequer a quem recorrer.

Fica claro que para o governador o que mais importa é um cofre cheio de dinheiro advindo de impostos, muitas vezes cobrados de forma escorchante.

O bem estar de uma população explorada passa bem longe de suas preocupações.

Pelo menos é o que se pode observar diante de situações como essa.

O governante precisa entender que o dinheiro que vai faltar no cofre, por conta da isenção do ICMS nos combustíveis, poderá retornar ao mesmo cofre por outros caminhos.

Ao baratear o combustível, o governo irá  promover também a queda de preço de alimentos.

Arroz, carne, feijão, todos eles transportados em veículos movidos a gasolina ou óleo diesel, terão seus preços reduzidos.

Ao promover isso, com certeza haverá uma maior procura e maior consumo de alimentos e outros produtos.

Com o aumento no consumo, o governo irá arrecadar mais impostos e reabastecer seu cofre.

Por que tanto medo de arriscar?

Por que tanto medo em oferecer ao cidadão uma vida um pouquinho mais fácil?

O governante brasileiro geralmente é um ser insensível.

O governante, via de regra, parece ser uma pessoa que não se sensibiliza nem mesmo diante das piores tragédias.

Infelizmente tem sido assim ao longo dos anos.

Falta sensibilidade, falta humildade e falta, acima de tudo, amor ao próximo, principalmente aos mais pobres.

O governo do Piauí tem vivido para gerenciar a folha de pagamento. Usa todos os recursos de que dispõe e mais alguma coisa para pagar cerca de cem mil pessoas.

Esquece que o estado inteiro tem mais de 3 milhões de habitantes que necessitam das ações governamentais.

São pessoas que hoje vivem amarguradas, sem perspectiva de futuro.

Mas, fazer o que?

Ao rei tudo.

Até a honra.

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