Contam os mais velhos que certo dia a vida perguntou para a morte: Por que as pessoas me amam e odeiam você?
E a morte respondeu. Porque você é uma linda mentira e eu, uma dolorosa verdade.
Mentira ou não, a vida nos mostra diariamente, em casa, no trabalho, na rua, em cada esquina, que somos meros coadjuvantes. Não passamos disso.
Somos arrogantes, mas trememos de medo diante dos obstáculos, prova maior da nossa fragilidade.
O coronavirus é o mais recente exemplo da nossa pequenez e da nossa insignificância. Todos nós estamos com medo e sem saber o que fazer.
Mas tão logo passe o susto, seremos novamente as velhas pessoas de sempre, provavelmente com uma arrogância ainda maior.
O homem nasce sem trazer nada e morre sem levar nada. Não tem sentido, pois, brigar no intervalo entre a vida e a morte por aquilo que não trouxemos e não levaremos.
Mas, se é assim, para que serve tanto orgulho? Para que serve tanta arrogância? Para que serve tanta superioridade?
Para que serve tudo isso, se do pó viemos e ao pó voltaremos?
Costumamos esquecer que a vida é passageira; costumamos esquecer que nada é para sempre.
Da vida, tenha certeza, só levamos o essencial: os momentos vividos! Por isso viva a vida com alegria e com muito amor no coração.
Lembremos sempre de nossos irmãos.
Vivemos hoje em casas grandes, mas com pequenas famílias.
Vivemos com mais diplomas, porém com menos senso comum.
É a nossa realidade hoje
Vivemos a época da medicina avançada e da saúde precária.
Conhecemos o mundo, mas não conhecemos os vizinhos.
Temos alto rendimento, mas menos paz de Espírito; muito conhecimento e menos sabedoria.
Temos agendas lotadas e pouco tempo para amar. Temos tantos amigos virtuais, mas não temos tempo para o amigo real; muitos humanos, menos humanidade.
Do que adianta nossos relógios caros, se não temos tempo para amar?
Precisamos voltar a valorizar o que realmente tem valor.
Olhe e veja o que é realmente belo.
Tenha tempo de qualidade com Deus.
Tenha tempo para você mesmo e para sua família.
Tenha tempo para os amigos.
Lembre sempre que a vida passa…
Ela é apenas um sopro.
É uma vela acesa que um dia se apaga.
É um começo.
E um fim!
Viva a vida com intensidade!
Aproveite bem, antes da chegada da indesejada das gentes, quando – ai sim – teremos que partir sem levar nada.
Com ou sem coronavirus.