Segundo o reitor da UFPI, Arimatéia Lopes, o bloqueio no orçamento determinado pelo Ministério da Educação (MEC) representa hoje 50% dos recursos da instituição que […]
Segundo o reitor da UFPI, Arimatéia Lopes, o bloqueio no orçamento determinado pelo Ministério da Educação (MEC) representa hoje 50% dos recursos da instituição que só teria condições de funcionar até setembro. Ele disse que sem recursos a UFPI vai fechar as portas até setembro se forem mantidos os cortes.
Arimatéia Lopes disse que o corte de 30% do orçamento da UFPI para custeio e manutenção anunciado pelo MEC representa R$ 33 milhões. De acordo com ele, serão cortados R$ 1,5 milhão dos projetos de pesquisa, ensino e extensão. Serão cortados R$ 2,8 milhões das escolas vinculadas como os colégios agrícolas de Teresina, de Bom Jesus e de Floriano. E mais 28,7 milhões foram bloqueados dos recursos de funcionamento da instituição.
“Estamos conseguindo manter as obras que estavam em andamento e a maioria dos serviços como o pagamento de bolsas para os alunos. Mas se o bloqueio se mantiver, não vamos conseguir pagar os nossos fornecedores, como água, energia elétrica e fornecedores para os restaurantes universitários. Se tiver corte de energia, a universidade não tem como continuar funcionando”, alertou o reitor.
Arimatéia Lopes ainda disse que devem ser cortados 40% dos funcionários terceirizados. Os setores de limpeza e vigilância estão funcionando no limite. Não tem como cortar nessas áreas. Portanto, esses cortes serão feitos em outras áreas, inclusive no pagamento de viagens, congressos e eventos dos alunos. Os celulares funcionais também serão cortados.
O reitor acredita que o Hospital Universitário não terá cortes, porque é mantido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
“Vamos ter uma audiência com o ministro da Educação no dia 16. Vamos apresentar a situação, que do jeito que está não dá nem para concluir o ano. Queremos a reversão dessa decisão”, acrescentou o reitor, informando que a UFPI tem 4 mil alunos bolsistas e uma comunidade universitária de 45 mil pessoas, sendo que formou 30 mil profissionais na última década.