26/11/2024

Acertando o passo

19 de maio de 2020

Precisamos acertar o passo. E como precisamos.

Precisamos acertar o passo no sentido de caminharmos juntos, todos no mesmo passo, na marcha certa e disciplinada.

Observem um desfile militar, por exemplo, e notem que quando todos se movimentam na mesma batida, até o andar fica bem mais bonito e jeitoso.

No caso do coronavirus também deve ser assim.

Deve ser todo mundo no mesmo compasso, todos conscientes da dureza da missão a cumprir.

Isso é muito importante.

Já disse mais de uma vez e torno a repetir.

As medidas preventivas são de fato muito importantes.

 O isolamento social é importante.

O distanciamento é importante.

Lavar as mãos é importante.

Ficar em casa é importante.

Todo esse conjunto de providências é realmente muito importante.

Mas muita coisa ainda precisa ser explicada, muita coisa mesmo.

Muitas coisas chamam minha atenção e despertam minha curiosidade matuta.

Uma delas.

De que forma esse maldito vírus escolhe suas vítimas?

De que forma ele se agrada de um ou outro para o seu banquete macabro?

Os fatos são teimosos e esta teimosia dos fatos me torna descrente a determinadas situações.

Ora, se o vírus gosta mesmo é dos que não ficam em casa, é dos que saem as ruas, muita coisa precisa ser explicada. Bem explicadinho.

Se é assim como explicar que aquelas pessoas que se comprimem em frente as agências da caixa econômica federal não tenham se contaminados?

Como os que fazem filas e mais filas em lotéricas ainda não adoeceram?

Como as pessoas que frequentam nossos mercados ainda não se queixaram de sintomas da doença?

Essa minha rudez, com certeza pode até ser um monumento a ignorância. Não duvido.

Mas acredito que estamos bem na hora de se colocar tudo em panos limpos.

Porque o virus, este vírus que nos mata, não pega a todos, afinal somos todos humanos, ou não.

O vírus seria um relapso, que não cuida de seu serviço como deveria, ou o vírus tem um enorme coração de mãe, um coração enorme capaz de distinguir entre os  que precisam ir a Caixa econômica federal e os que precisam ir a loteria mais próxima?

Esse vírus assassino, com seu bondoso e gigante coração de mãe, seria capaz de escolher suas vítimas de forma tão disciplinada e tão piedosa ao ponto de fazer vistas grossas para os moradores de rua que costumam perambular em bandos, sem qualquer proteção, pelas ruas e avenidas da cidade

Sinceramente,  precisamos acertar o passo.

Talvez não só o passo, mas também o caminho.

Tenho dúvidas até mesmo em relação a escolha do caminho.

Quem nos garante que escolheram o caminho certo?

Quem garante que tem que ser assim mesmo?

Afinal a única providência concreta até agora foi trancar todo mundo em casa, deixando na rua apenas aqueles que deveriam servir de isca ou de boi de piranha para o corona vírus se divertir, enquanto a elite continuava a gozar a boa vida em suas luxuosas moradias.

A ciência também precisa explicar isso.

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