Ter inveja, ser invejoso, é pecado.
E não é um pecado qualquer. A inveja é um pecado capital.
A Bíblia diz que Deus não gosta da inveja e se não gosta da inveja, naturalmente também não gosta do invejoso.
E tanto não gosta que colocou a inveja como um dos sete maiores pecados que o homem pode cometer.
A inveja está ao lado de pecados como a gula, a avareza, a luxúria, a ira, a preguiça e o orgulho.
Deus abomina esses pecados.
Todos eles, sem exceção.
A inveja é considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa, no lugar do próprio crescimento espiritual.
Inveja é o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue.
Como disse certa vez o padre Fábio de Melo, inveja é um pecado capital porque é pior que a cobiça. O invejoso não deseja o que é do outro, apenas. Ele deseja também que o outro não tenha o que tem.
A inveja é companheira daqueles que não suportam o sucesso dos outros e não se conformam em ver alguém melhor do que ele mesmo.
A inveja está sempre com aquelas pessoas soberbas, com aquelas pessoas que querem sempre ser melhores do que as outras em tudo.
Muitas vezes, a inveja também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de inveja e desejando-lhes o mal. Ficam torcendo pelo mal do outro, e vibra quando este fracassa.
As pessoas invejosas tem o poder de distorcer imagens.
E o pior é que acreditam na falsa visão que tem. Isso chega a ser patológico.
Aos invejosos nossa ignorância e nosso desprezo e o alerta de que o tempo também é invejoso.
O tempo sempre foi um grande invejoso.
O tempo caminha para apagar o brilho de todos nós. É inexorável.
A inveja é um sentimento horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso.
De todas as características que são vulgares na natureza humana, a inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que pode fazer impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua inveja.
Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm.
Se puder, priva os outros das suas vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si próprio.
Porém, como nos ensina o filósofo inglês Bertrand Russell, há na natureza humana um sentimento compensador, chamado admiração.
Todos os que desejam aumentar a felicidade humana devem procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja.
Simples assim.
(Do livro Opinião com Chico Leal)