26/11/2024

Bem vindo às ruas

6 de julho de 2020

Se 1968 foi o ano que não acabou, no dizer de Zuenir Ventura, 2020 pode ser considerado o ano que não existiu.

E por não existir, 2020 foi o ano que mais nos empurrou para baixo; foi até agora o ano que mais nos angustiou. E não apenas nos angustiou: foi o ano que mais nos trouxe mortes e com isso o que mais nos enlutou.

Difícil hoje não ter um amigo, um conhecido, que não tenha morrido contaminado pelo coronavírus. Impossível até.

Mas depois de mais de cem dias em casa, isolado, está chegando a hora do grande passo.

Está chegando o momento decisivo.

Está chegando aquele momento em que mais uma vez a população piauiense é chamada a assumir a responsabilidade pelo seu próprio destino e pelo seu próprio futuro.

As portas que se abrem nesta segunda-feira só continuarão abertas se a população compreender que estamos apenas no inicio de um processo de transição, processo este que necessariamente possui etapas.

Etapas essas que terão de ser obedecidas à risca, sob pena de um violento recuo por tempo indeterminado.

É importante essa compreensão popular.

Essa compreensão será decisiva para a empreitada, afinal, do sucesso deste primeiro passo dependerá o restante da caminhada.

A todos os que obedeceram ao chamado para um fique em casa tão demorado é preciso muito cuidado.

Que a ânsia pela liberdade conquistada nesse dia não nos leve de volta à prisão domiciliar da qual estamos sendo libertados neste momento.

Controle seus impulsos – impulsos naturais – e siga as orientações de higiene pessoal e distanciamento dos demais.

Gestos simples como lavar as mãos, usar álcool em gel e manter o distanciamento social não vão apenas salvar sua vida, vão salvar a vida de todos nós.

Ainda não chegou a hora de satisfazer todas as nossas vontades, devemos atentar bem para isso.

Para o abraço e para os beijos tão esperados ainda não chegou a hora. Mas vai chegar.

Vai chegar se nosso comportamento nas ruas a partir desta segunda-feira for mais prudente, for bem diferente do que estamos acostumados a praticar.

Vamos, saiam, mas comportem-se!

E que Deus nos proteja!

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