Por Wanderson Camêlo Apesar de fazer parte do Centrão – ala que agora dá suporte ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso, o deputado federal piauiense […]
Por Wanderson Camêlo
Apesar de fazer parte do Centrão – ala que agora dá suporte ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso, o deputado federal piauiense Átila Lira (Progressistas) não poupou críticas ao governo atual por conta das constantes trocas em ministérios. Para o parlamentar, o troca-troca, que tem agora em primeiro plano o Ministério da Educação, é fruto da instabilidade do próprio governo federal.
“O próprio governo Bolsonaro é instável demais”, disparou Lira. “Creio que agora, o próximo ministro da Educação, de tanto o governo errar, ele [o governo] vai acertar, vai trazer um homem preparado e um homem que saiba conversar e tomar decisões”, acrescentou.
Polêmica no MEC
Escolhido como ministro da Educação, no lugar de Abraham Weintraub, o professor Carlos Alberto Decotelli entregou carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro antes mesmo de assumir o comando da pasta.
A permanência de Decotelli no cargo ficou insustentável depois da repercussão, na imprensa nacional, da descoberta de inconsistências em seu Currículo Lattes. Ele afirmava, na plataforma, ter doutorado pela pela Universidade de Rosário, Argentina, e pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. As duas instituições desmentiram as informações. Também pesaram contra acusações de plágio na dissertação de mestrado apresentada na Fundação Getúlio Vargas.
Decotelli ficou no cargo de ministro menos de uma semana. A carta de demissão foi entregue no último dia 30, cinco dias depois de ser anunciado como chefe da pasta.
quando terminar o meu mandato eu vou analisar a conjuntura. se o átila puder se dedicar à política, eu vou pedir que ele me represente, isso em 2022.
essa relação vai se estreitando na medida em que houver colaboração mútua. Nós só vamos apoiar o governo enquanto o governo tiver condições de governabilidade. Portanto, se o governo começar a nos destratar, a fazer pronunciamentos depreciativos, nós não vamos ficar nesse governo.