26/11/2024

Meu garoto!

21 de julho de 2020

Todos concordam que a educação tem um valor impossível de se medir e é muito mais importante do que qualquer herança material. Todos nós sabemos que pessoas sem educação, pessoas mal-educadas, têm pouca chance de gerir bem um grande patrimônio herdado.

Isso quer dizer que é muito mais caro não ter a educação adequada. O patrimônio será derretido e, dada à falta de base, não haverá capacidade suficiente para reconstruir qualquer coisa.

Assim temos que concordar também que a educação é a principal herança que o pai deve deixar para o filho. É o melhor investimento que podemos deixar como herança.

Ao investir na educação de seus filhos, além do benefício óbvio, você ainda estará ajudando a construir um mundo melhor.

Pena que muita gente não pense assim.

Pena que nem todos os políticos, por exemplo, não pensem assim e com isso estão perdendo uma grande oportunidade de dar um bom exemplo a nação.

O político brasileiro, com as raras exceções de sempre, prefere levar seus filhos por outros caminhos. Caminhos às vezes mais fáceis, mas de futuro incerto neste Brasil que tenta sair da lama, apesar de tudo.

O politico brasileiro, já fartamente cevado pelo povo, em sua maioria, aprendeu também a transferir para este mesmo povo a responsabilidade pelo sustento de sua prole.

Em época de eleição isto fica bem claro.

Nas próximas eleições, o pai deputado vai querer eleger o herdeiro vereador e a herdeira prefeita de algum lugar perdido na imensidão do sertão.

O pai federal ou senador insiste em manter os herdeiros nas assembleias legislativas ou no alto escalão administrativo do estado. De preferência num lugar para onde o papai possa encaminhar generosas emendas parlamentares, tão em voga nos últimos tempos.

No lugar da educação geradora de conhecimentos, infelizmente, alguns políticos estão preferindo deixar riquezas materiais como herança para  os filhos. E o pior, riquezas muitas vezes conseguidas de forma desonesta, à custa da fome de muitos.

Mas, devagar que este santo pode ser de barro.

Não pense você que o político é o único culpado por essas espertezas do mundo.

A culpa também é nossa. E como é.

Ora, se nos é dado o direito de escolha, somos igualmente responsáveis, verdadeiros cúmplices neste crime. 

Eleição é escolha.

Se o eleitor insiste em escolher esse tipo de gente para representa-lo, que culpa tem o político?

O politico pode até não ser santo, mas o eleitor que o coloca no mandato também tem lá seus pecados.

Ora, se tem.

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