Talvez você não saiba, mas hoje, 14 de setembro, é o Dia da Cruz.
O Dia da Cruz, ou o dia de exaltação à Santa Cruz, é uma homenagem ao grande símbolo cristão, no qual se acredita que Jesus tenha alcançado a vitória sobre a morte e o pecado.
Conta a tradição que no ano 320 a imperatriz Santa Helena, mãe de Constantino, o primeiro imperador romano cristão da história, encontrou a cruz onde Jesus teria sido morto tornando o local um lugar sagrado e onde tempos depois surgiria a Igreja do Santo Sepulcro.
Nesses mais de dois mil anos, a cruz passou a ser o símbolo da vitória do bem sobre o mal, da justiça contra a injustiça, da liberdade contra a opressão, do amor contra o egoísmo, porque, no seu lenho, Cristo pagou à Justiça Divina o preço infinito do resgate de toda a humanidade.
Jesus, segundo as escrituras sagradas, ordenou que cada cristão carregue a sua cruz.
Esta cruz é diferente a cada dia. Mais pesada hoje, mais leve amanhã, talvez o inverso.
Jesus mandou tomar a nossa cruz a cada dia e essa cruz deve ser assumida com galhardia, sem revolta; deve ser assumida na fé, ainda que com muitas lágrimas.
E lágrimas não têm faltado nessa cruz que nos foi destinada.
Como tem pesado a nossa cruz.
Será que nos faltou força para conduzir a nossa cruz até o final e por isso fomos abandonados ainda no meio do caminho?
Como explicar o padecimento, o sofrimento do povo brasileiro em busca de saúde, de justiça, de moradia, de educação e de segurança?
Como explicar a miséria do nosso povo que ainda hoje clama por água e por comida diante de um sol inclemente e dos ouvidos moucos dos governantes?
Como explicar essa ascensão social tão presente nas estatísticas oficiais, mas nunca concretizada?
Senhor, dai-nos força para carregar a cruz, mas dai-nos também a esperança para que possamos ainda acreditar que um dia tudo será melhor.
Dai-nos dignidade – um valor fundamental e constitucional que norteia todas as nossas atividades.
Dai-nos fé, sobretudo fé, para que a gente ainda possa acreditar nos homens, mesmo diante de tudo que já se viu e ouviu neste país; mesmo diante dessa roubalheira sem fim, mesmo diante da inércia de muitos; mesmo diante das promessas agora e sempre renovadas.
Que o peso da cruz sirva de reflexão para nossos dirigentes e também para todos nós.