25/11/2024

Convicção

15 de setembro de 2020

Tal qual a mulher de César, a política brasileira não só precisa ser séria, também tem que parecer séria.

O político brasileiro precisa ter convicção do que defende.

O político brasileiro precisa ter convicção no que fala;

O político brasileiro precisa ter convicção no que faz e nas decisões que toma.

Quando age com convicção, o político ganha o respeito da população.

Sem convicção geralmente se chega aonde chegamos. Chegamos ao caos político total.

Ter convicção é ter firme certeza daquilo que diz, é ter firme certeza daquilo que faz.

Na política, convicção é acreditar nas suas ideias, nas suas crenças e nos seus princípios.

O político que age com convicção é aquele que sabe perfeitamente o que está fazendo, é aquele que não se mostra inseguro. 

Quando falta a convicção, quando o político age sem convicção, age ao sabor do vento e dos interesses pessoais, chegamos a isso.

Chegamos ao caos total.

O político que hoje está de um lado e amanhã está em outro cai facilmente no descrédito popular.

E o descrédito popular é, sem duvida, o caminho mais curto para o fim de uma carreira política.

O político que hoje vota de um jeito e amanhã vota de outro; o político que diz uma coisa hoje e diz outra amanhã, perde o respeito da população e do eleitor.

E quando perde o respeito da população e do eleitor passa a depender exclusivamente daquela parcela abominável da população que vende o próprio voto.

Deve ser triste para um político sobreviver comprando votos.

Muito triste.

É uma espécie de vitória de Pirro, aquela vitória que nem sempre vale a pena. 

É uma situação que deve doer na alma do próprio político.

A política é uma atividade que merece respeito.

Fazer política não é ser desleal, não é ser corrupto, embora no Brasil de hoje deslealdade e corrupção estejam umbilicalmente ligadas à política.

Fazer política exige de quem vai exercer um cargo ou um mandato compromisso com a população.

Exige ética.

A política é importante e já chegou a ser definida como uma das mais altas expressões da caridade cristã.

O exercício da cidadania deve levar o eleitor à consciência de que o sujeito da autoridade política é o povo, considerado na sua totalidade como detentor do poder e da soberania.

Seus representantes têm o compromisso e a obrigação de um governo limpo, ético e transparente.

Um representante público que não honra a cadeira que ocupa deve ser julgado e cassado.

Tem que ser banido da atividade política.

Fazer política exige dignidade.

Infelizmente são exigências que parecem em falta na política brasileira.

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