Ela é suspeita de roubos na região
Uma travesti, que não teve identidade revelada, foi amarrada e espancada por dois homens com um pedaço de madeira no residencial Parque Brasil III, zona Norte de Teresina, nesta segunda-feira (19). Ela é suspeita de roubos na região.
Vídeos do acontecido circulam nas redes sociais. Em uma das gravação é possível ver a travesti dentro de um porta-malas de um carro enquanto é agredida por dois homens, que não tiveram os nomes divulgados também.
Em outro vídeo, é possível ver um carro da Guarda Municipal de Teresina (GCM), e também de agentes. No entanto, eles não fazem nada para impedir a agressão. (Assista o vídeo aqui)
Em nota, a Guarda Municipal de Teresina afirmou que, em hipótese alguma, defende que seja feita Justiça com as próprias mãos. E que o comando da GCM vai avaliar se houve falhas no procedimento.
Confira a nota na íntegra:
“A Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM) esclarece que atendeu a uma ocorrência no residencial Parque Brasil III, zona Norte de Teresina, nesta segunda-feira (19). Ao chegar ao local, a equipe encontrou com uma travesti amarrada, suspeita de furtar apartamentos na região. Após ouvir os envolvidos, os membros da corporação que acompanhavam a ocorrência orientaram que o suposto agressor a desamarrasse. Na sequência, a suspeita foi algemada e, juntamente com o suposto agressor, foram conduzidos à Central de Flagrantes de Teresina para a apuração do caso. Sobre um vídeo em que a travesti aparece sendo espancada no porta-malas de um carro, a GCM não presenciou o fato, uma vez que chegou ao local posteriormente. Em hipótese alguma, a Guarda Civil Municipal de Teresina defende que seja feita Justiça com as próprias mãos. Por fim, o comando da GCM vai avaliar se houve falhas no procedimento.”
Em uma publicação nas redes sociais, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) comentou o caso. Eles exigem uma resposta imediata para identificar e responsabilizar os envolvidos nessa barbárie.
“É inadmissível a espetacularização da violência contra pessoas trans de forma pública e aceita de forma naturalizada por quem assiste passivamente esse horror!”, diz trecho da publicação. (Veja aqui)