Andressa Alves e Rafaelle desperdiçaram cobranças na derrota por 4 a 3
O Brasil perdeu para o Canadá nos pênaltis, na manhã desta sexta-feira (30), e está eliminado do futebol feminino dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
Após empate de 0 a 0 no tempo normal e na prorrogração, a decisão foi para os pênaltis. A seleção brasileira começou bem, com a goleira Bárbara defendendo a primeira cobrança, da craque canadense Sinclair. No entanto, as duas últimas cobranças brasileiras também foram desperdiçadas, e o Brasil encerrou sua participação no futebol feminino em Tóquio 2020.
No Rio 2016, a seleção do Canadá já havia sido algoz do Brasil ao vencer por 2 a 1 a disputa de terceiro lugar e ficar com a medalha de bronze da Olimpíada. Na ocasião, Alemanha ficou com o ouro e a Suécia, que havia eliminado o Brasil na semifinal, ficou com a prata.
Além da briga pela vaga na semifinal dos Jogos de Tóquio 2020, a partida reuniu duas das três maiores artilheiras em Olimpíadas — Marta (13 gols) e Sinclair (12) — na briga para se tornarem recordistas. A maior artilheira olímpica é a brasileira Cristiane, com 14 gols.
O jogo começou com o Brasil no controle das jogadas ofensivas. O Canadá tentava responder, mas sem muito sucesso. A primeira boa finalização da partida aconteceu aos 14 minutos, quando Marta tocou para Tamires na entrada da área, e a lateral brasileira chutou para cima do gol.
Depois da finalização brasileira, o jogo seguiu equilibrado, mas com o Canadá conseguindo ficar mais no campo ofensivo. Aos 24 minutos, Fleming recebeu uma bola na entrada da grande área, chutou rasteiro e a bola saiu à direita da goleira Bárbara. Foi a primeira grande chegada canadense, que arriscava mais jogadas aéreas.
O Canadá voltou a chegar com certo perigo aos 28, com a atacante Beckie foi lançada nas costas das zaga brasileira, entrou na área e chutou novamente à direita da goleira brasileira. Dois minutos depois, as canadenses mandaram a bola para a área, e Rafaelle interceptou antes que a atacante do Canadá cabeceasse livre.
Aos 33 minutos o VAR entrou em ação. Formiga acionou Duda na área, que caiu após um carrinho da defensora canadense. A princípio, a arbitagem marcou impedimento, mas o árbitro de vídeo chamou para checagem de um possível pênalti, que não foi marcado.
Depois disso, a seleção brasileira voltou a ter o controle do jogo, sobretudo marcando a saída da defesa adversária. Aos 40 minutos, Debinha pressinou e tomou a bola da zagueira Gilles, entrou na área e finalizou em cima da goleira. Foi a última boa jogada do primeiro tempo.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: equilibrado, mas com o Brasil tentando ter mais controle da bola no campo ofensivo. No entanto, a primeira grande jogada foi canadense, com a zagueira Gilles aproveitando um cruzamento na área para mandar a bola no travessão da goleira Bárbara.
O Brasil ameaçou as canadenses de novo aos 25 minutos, quando Debinha arriscou de fora de área, obrigando a goleira Labbé fazer uma boa defesa.
Nos minutos finais de jogo o Canadá tentou pressionar. Em um longo lançamento do campo defensivo, aos 40 minutos, Rose recebeu e entrou livre na área, mas a Érika recuperou a tempo e deu um carrinho preciso para mandar a bola à linha de fundo. As duas seleções ainda tentaram lances ofensivos nos minutos finais, mas o jogo acabou em 0 a 0.
O único lance perigoso do primeiro tempo da prorrogação aconteceu em uma jogada que a Ludmila entrou na área entre duas zagueiras canadenses, batou a bola na frente e antes de conseguir passar para Debinha, se chocou com a goleira, que se jogou na dividida. O árbitra entendeu o lance como faltoso, e deu amarelo para a atacante brasileira.
O segundo tempo da prorrogação começou melhor para o Brasil. Embora as duas seleções já demonstrassem cansaço, as brasileiras mantiveram a bola no campo ofensivo e teve uma boa finalização ao 7 minutos, com um chute de Debinha de fora da área, que passou próximo da trave direita da goleira Labbé.
O Brasil seguiu pressionando, sobretudo com bolas aéreas, e no lance mais perigoso Érika cabeceou e obrigou a goleira canadense a fazer uma grande defesa, impedindo o gol brasileiro aos 12 minutos. Foi o último lance perigoso da partida e o jogo foi para decisão nos pênaltis.
A primeira cobrança na decisão dos pênaltis foi da craque canadense Sinclair. Ela mandou no canto direito da goleira Bárbara, que defendeu. Marta também foi a primeira a bater pelo lado brasileiro, e marcou.
As cinco cobranças seguidas foram covertidas — três do Canadá e duas do Brasil. Na quarta cobrança brasileira, Labbé defendeu a batida de Andressa Alves, deixando o placar igual. A última cobrança canadense também foi convertida, enquanto Rafaelle também parou na goleira do Canadá. Vitória canadense nos pênaltis por 4 a 3.
FONTE: R7