A população está sendo testada, os casos confirmados monitorados e as residências serão borrifadas
Miguel Alves, município localizado a 110 km de Teresina, registrou 10 casos de malária e um sob suspeita. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) nesta terça-feira (03).
A Sesapi informou que está monitorando, através da Vigilância Ambiental, os casos confirmados e que todas as pessoas acometidas da doença estão recebendo tratamento. A equipe da Vigilância Ambiental esteve durante duas semanas no município fazendo a pesquisa entomológica para identificar o vetor.
Segundo o técnico em Vigilância Sanitária da Sesapi, Antônio Carlos, as equipes levaram para a cidade testes rápidos, fazendo busca ativa dos casos. “Fizemos mapeamento dos casos nas localidades Capim, Jerusalém, Titara, Pé do Morro e Lagoinha, onde houve o registro de moradores com sintomas da doença. Orientamos também as equipes do PSF a fazerem um trabalho educativo, orientando sobre os horários em que o mosquito transmissor costuma fazer suas vítimas”, explica.
Segundo Antônio Carlos, essas localidades ficam próximas do rio na cidade de Miguel Alves e, por conta disso, os moradores foram orientados a deixarem de tomar banho no local e usar o mosquiteiro nas residências. Todas as casas serão borrifadas, informou ainda o técnico da Vigilância.
O último caso de malária registrado em Miguel Alves foi no ano de 2012. A malária é transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas pelo protozoário Plasmodium. O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio.
O técnico alerta que os sintomas da malária são bem parecidos com os da Covid. “Mas a malária é diferente porque a pessoa com a doença não tem secreção e a febre é intermitente nos mesmos horários do dia. Segundo o secretário de saúde, Florentino Neto, o Ministério da Saúde já está acompanhando os casos no Estado. “
Todos os casos estão sendo monitorados, os profissionais de saúde da cidade estão passando por treinamento e vão receber o inseticida próprio para a doença e mosquiteiros para usarem nas casas”, afirma.
A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. Nos casos mais graves, a pessoa infectada desenvolve a malária cerebral, que pode levar à morte. O tratamento da malária é feito com medicamentos antimaláricos que são gratuitos e fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).