Com a nova etapa, BC espera que novos produtos e serviços, como empréstimos e financiamentos, sejam ofertados aos clientes a partir de condições mais vantajosas
A segunda fase do open banking no Brasil começa nesta sexta-feira (13), após ter sido adiada em julho. Agora, os clientes poderão solicitar o compartilhamento de dados cadastrais e informações sobre transações e serviços contratados em instituições financeiras. Na fase anterior, foram os bancos que integraram seus dados.
O open banking é uma plataforma supervisionada pelo Banco Central que vai permitir que os clientes compartilhem, sob autorização, dados pessoais com bancos e fintechs para receber melhores ofertas de produtos e serviços — como taxas de juros menores para empréstimos, por exemplo. O sistema será totalmente operacionalizado a partir de 15 de dezembro deste ano.
De acordo com o BC, o compartilhamento das informações só poderá ser feito com a autorização do cliente e se for informada a finalidade e o prazo de uso dos dados. O usuário também tem direito de cancelar esse consentimento a qualquer momento e em qualquer instituição financeira pela internet.
“O open banking devolve o controle de dados pro usuário final. A regra que rege tudo é o consentimento”, afirmou Victoria Amato, diretora de negócios da plataforma Quanto.
Com a execução da segunda etapa, o BC espera que novos produtos e serviços, como empréstimos e financiamentos, sejam ofertados aos clientes a partir de condições mais favoráveis.
“É um app que facilita o gerenciamento da vida financeira. Permite que alguém tenha um financiamento imobiliário no banco A, um financiamento de veículo no banco B e receba o salário no banco C”, exemplificou Otavio Ribeiro Damaso, diretor de regulação do BC, em evento organizado pela XP Investimentos, em julho.
Na prática, o usuário não precisará fazer download de programa algum para utilizar o sistema. O open banking aparecerá “pipocando” como propostas de parcelamentos de contas, empréstimos e financiamentos em sites e apps de varejistas, fintechs e bancos.
O cliente que aceitar alguma sugestão, precisará autorizar o compartilhamento de seus dados com a instituição parceira .
E para que a segunda etapa seja implementada de forma organizada, ela será escalonada em quatro ciclos (que ainda não têm data oficial para acontecer):