Os medicamentos são de alto custo. Tem remédio para artrose que uma ampola custa R$ 18 mil
A diretora geral da Assistência Farmacêutica, Wanda Avelino, em entrevista à Teresina FM 91,9, disse que a Farmácia do Povo está tentando regularizar o fornecimento de medicamentos de uso continuo para os pacientes. Wanda Avelino falou das dificuldades burocráticas e financeiras para manter o estoque.
Segundo a diretora, são 500 pacientes que são atendidos com medicamentos excepcionais. São 210 medicamentos que são distribuídos para várias patologias como transplantados, doentes renais crônicos, diabéticos, dentre outros.
Wanda Avelino reconheceu a falta de medicamentos, mas que esses remédios podem ser substituídos por outros, de linhas alternativas. Ela disse que tem 11 medicamentos alternativos para pacientes renais e cerca de 19 para diabéticos que podem ser usados como substitutos.
A diretora frisou que esses medicamentos têm alto custo. Tem medicamento para artrose que uma ampola custa R$ 18 mil. Um tratamento de um ano para um paciente com Atrofia Muscular Espinhal (AME), que é uma doença rara, degenerativa, custou R$ 750 mil. Dois pacientes custaram R$ 1,5 milhão. ”É um custo elevado, existem dificuldades para as compras e nas licitações que tem diversos problemas. Nesse período de pandemia sofremos muito com a falta de fornecedores”, acrescentou.
Além das dificuldades para licitar e para comprar, tem as medidas judiciais que chegam sempre cobrando a prioridade para alguns pacientes. Este ano já foram mais de R$ 5 milhões nessas medidas que terminam comprometendo o caixa da Saúde. A notícia boa é que têm três licitações em andamento para repor o estoque de pelo menos 60 remédios na farmácia popular até outubro.