Segundo Alexandre Araújo, a proposta de reforma do IR beneficia pessoas físicas e jurídicas ao diminuir carga tributária
O projeto de lei que altera as regras do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas e jurídicas, aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (01), faz parte dos planos da reforma tributária defendida por setores do governo federal. A proposta apresentada pelos parlamentares traz mudanças nas alíquotas e segue para votação no Senado.
Em entrevista ao JT1 da Teresina FM, o contador Alexandre Araújo explicou que as novas taxas definidas pelo projeto aumentam o número de contribuintes isentos do IR. “Antes, o imposto começava a ser cobrado a quem recebia salários na faixa de R$ 1.903 por mês. Caso a reforma seja aprovada no Senado, passará para R$ 2.500 mensais. A estimativa é que 5,6 milhões de pessoas fiquem isentas da cobrança”, calculou.
Alexandre também esclareceu a alteração no pagamento do desconto simplificado. O abatimento, cobrado a indivíduos que não apresentam despesas médicas, educacionais ou com dependentes, girava em torno de R$ 16 mil. Com a proposta, essa taxa foi reduzida para R$ 10,5 mil.
No caso das empresas, destacou a redução da alíquota de 15% para 8%, além da mudança na taxa de contribuição social, que foi de 9% para 8%. Salientou ainda a criação de um tributo em cerca de 20% e 30% sobre a distribuição dos lucros para sócios.
“As alterações na tributação beneficiam as empresas, uma vez que o imposto de renda é o maior do Brasil para pessoas jurídicas”, analisou Alexandre. Segundo o contador, a nova cobrança sobre a arrecadação dos sócios diminuirá também o repasse aos governos municipais, estaduais e federais, o que será significativo para os empresários.
Finalmente, considerou a reforma como um avanço na tentativa de redução da carga tributária e uma ótima oportunidade de esclarecer à população como o sistema de impostos funciona. “Quanto mais a população conhecer os tributos que paga, melhor saberá gastar, consumir e investir”, concluiu.
Matéria de Eric Souza