O gerente comercial da BMW destacou o baixo consumo dos veículos, que gastam apenas R$ 0,07 por quilômetro percorrido
Os carros elétricos são a principal aposta das montadoras de automóveis para diminuir a emissão de carbono na atmosfera do planeta. Populares nos EUA e na Europa, que pretendem extinguir os motores à combustão em 2035, ainda enfrentam um lento processo de introdução no Brasil, principalmente devido à falta de incentivos e estímulos para a indústria.
Para Guilherme Macedo, no entanto, a realidade dos veículos movidos à energia elétrica está mais próxima do que se imagina. Em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta sexta-feira (17), o engenheiro mecânico apontou que já existem carros elétricos circulando pela capital. “Estamos em um momento de transição, no qual muitos veículos híbridos, movidos tanto à eletricidade quanto à combustão, transitam pelas ruas de Teresina”, assinalou.
Macedo, que também é gerente comercial da concessionária BMW Isar Motors, diferenciou os carros híbridos em plug-in, o qual permite ao usuário carregá-lo na tomada, e simples, cuja bateria é recarregada com a energia da frenagem. Segundo o engenheiro, o tipo plug-in consome energia o dia inteiro e recarrega durante a noite, conferindo diariamente uma autonomia de 55 a 60 km.
Em seguida, comparou o custo por quilômetro rodado entre os veículos elétricos e os movidos a combustível. Os motoristas que dirigem estes precisam lidar com o alto preço da gasolina no Brasil, a R$ 7,00/litro, o que resulta no custo de R$ 0,54 por litro consumido. Por sua vez, os carros movidos a eletricidade, cuja tarifa é R$ 54/kWh, gera um gasto de apenas R$ 0,07 por cada quilômetro percorrido.
Quanto ao preço dos automóveis, o engenheiro reconheceu que a quantia pode ser salgada, embora o baixo consumo traga benefícios aos motoristas. “No mercado, os carros são vendidos na faixa de R$ 250 mil. Ainda é um valor fora da nossa realidade, embora a longo prazo saia mais barato optar pelo elétrico em desfavor dos carros à combustão. Porém, pesquisas apontam que até 2024 os dois tipos de veículo terão o mesmo custo financeiro”, realçou.
Na visão de Macedo, falta incentivo dos governos para o aquecimento do comércio de carros elétricos no país, uma vez que a prática reduz drasticamente a poluição do ar e outros danos ao meio ambiente. “Em alguns estados, quem compra carros elétricos ganha isenção de IPVA. Outros estímulos financeiros devem ser adotados a fim de baratear os automóveis para a população”, afirmou.
Enquanto não há medidas efetivas por parte dos gestores, o gerente comercial da BMW destacou as ações da montadora para incentivar a compra de veículos elétricos. Uma delas consiste no projeto Eletrifique sua Cidade, que já conta com quatro pontos de recarga espalhados por Teresina e prevê a inauguração de mais um em Piripiri. Outra ação é realizada junto a estabelecimentos comerciais frequentados pelos clientes da BMW, que podem recarregar seus carros nos locais.