28/11/2024

Saúde

Aplicação de vacinas vencidas foi descuido da Anvisa, diz FMS

Mais de 800 unidades de imunizantes de um lote suspenso foram aplicadas em Teresina

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Publicado por: FM No Tempo 21/09/2021, 11:09

Matéria de Wanderson Camêlo

O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, revelou que o problema relacionado às doses suspensas da Coronavac se deu por questões envolvendo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma segunda empresa responsável pela produção do imunizante. Segundo o gestor, a Anvisa não visitou o local, na China, para fazer uma avaliação.

A questão diz respeito à aplicação de doses da vacina com prazo de validade vencido, entre 30 de julho e 1° de setembro deste ano, em Teresina. As unidades, 867, dizem respeito ao lote L20216038, suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início deste mês.

Presidente da FMS afirma que Anvisa não inspecionou laboratório das doses suspensas de Coronavac (Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP)

O presidente acrescentou que todos que tomaram imunizantes do respectivo lote estão sendo monitoradas.

“Esperamos que o Ministério da Saúde diga o que vai ser feito. Essa segunda fábrica da China não foi visitada pela ainda Anvisa. Esperamos que isso não tenha nenhuma repercussão e que não haja nenhum problema; porém, nós colocamos essas pessoas em uma lista de observação e seguiremos com a segunda dose normalmente, salvo orientação contrária do Ministério da Saúde”, disse Gilberto Albuquerque.

A polêmica

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou na quinta-feira (16) que 867 doses da vacina Coronavac, pertencentes ao lote L20216038, suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início deste mês, foram aplicadas em Teresina entre 30 de julho e 1º de setembro.

Ao lado de outros 24 lotes, as 12 milhões de doses oriundas da empresa chinesa Sinovac foram produzidas em fábrica não inspecionada e aprovada por agências reguladoras internacionais, o que levou a Anvisa a interditar a aplicação dos imunizantes.

Assim que o Ministério da Saúde expediu ofício circular, em 4 de setembro, determinando a interdição cautelar dos lotes da Coronavac, dentre eles o administrado na capital do Piauí, as doses em questão foram removidas dos locais de vacinação geridos pela FMS antes de qualquer outra ser aplicada.

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