28/11/2024

Saúde

Piauí não registra casos de variante Delta, aponta relatório da Fiocruz

Atualmente há 110 amostras sequenciadas de pacientes do Piauí e até o momento não houve identificação de linhagem Delta

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Publicado por: Lilian Oliveira 30/09/2021, 15:33

Relatório produzido pela Fiocruz, após recebimento dos resultados do sequenciamento genético de 100 amostras de pacientes do Piauí, enviadas à instituição, apontam que não há registro de pessoas infectadas com a variante Delta no estado.

As amostras foram encaminhadas ao laboratório da fundação em Pernambuco, depois de constatada alteração na carga viral dos pacientes infectados pelo coronavírus, em exames RT/PCR. O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, destaca que não há casos registrados.

Secretário apresenta resultados do sequenciamento genético de amostras enviadas pelo estado (Foto: Divulgação/Governo do Piauí)

“Este sequenciamento genético no possibilita saber quais variantes circulam em nosso estado, felizmente não registramos casos de Delta no Piauí. O trabalho conjunto das autoridades em saúde com as instituições científicas é fundamental na adoção de estratégias de enfrentamento à pandemia”, completou o gestor.

A coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, pontuou que o Laboratório Central do Piauí (Lacen) seleciona as amostras que apresentarem quantidades altas do vírus durante os testes de diagnóstico de PCR, uma vez que isso aumenta a chance de o procedimento ser bem-sucedido.

“Além disso, as amostras devem ser representativas por semana epidemiológica, incluindo casos não graves, graves e de óbito, e assim obter uma análise geral da situação da doença no estado”, salientou Costa.

Atualmente há 110 amostras sequenciadas de pacientes do estado do Piauí e até o momento não houve identificação de linhagem Delta (B.1.617.2) em nenhum material analisado. A epidemiologista explica que por meio do sequenciamento genético das amostras é possível compreender o histórico do vírus, detectar suas variantes, atualizar vacinas e discutir estratégias de enfrentamento à pandemia.

Coordenadora ressalta medidas adotadas após recebimento de relatório da Fiocruz (Foto: Divulgação/Sesapi)

Segundo o relatório, das 100 amostras processadas foram obtidos 65 genomas com qualidade acima de 95% de cobertura e um genoma de 94%. Dentre os 66 genomas, todos foram identificados como da linhagem Gamma, também conhecida como variante P.1, onde duas amostras foram identificadas como da sublinhagem de Gamma P.1.7.

“Podemos perceber que a linhagem predominante é da P.1, inicialmente detectada em Manaus, nos casos das amostras do Piauí. Atualmente esta é a variante que mais circula no Piauí e dos casos que foram para sequenciamento genético, a maioria encontra-se na nas idades de 20 a 45 anos”, disse Amélia Costa.

Atualmente são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde as variantes Alpha (B.1.1.7), Beta (B.1.135), Gamma (P.1) e Delta (B.1.617.2). A classificação das linhagens é dinâmica e estas podem ser alteradas futuramente mediante a uma nova versão do sistema de classificação.

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