As legendas têm encontro na próxima semana para bate o martelo sobre a união
O novo partido que resultará da fusão do DEM com o PSL deve se chamar União Brasil e aparecer nas urnas com o número 44. As marcas foram escolhidas nesta quarta-feira, 29, em reunião com dirigentes das duas legendas. O encontro teve a participação dos presidentes do DEM, ACM Neto, do PSL, Luciano Bivar, do vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que a escolha atende a ideia de não aproveitar o 17 do PSL, que foi usado na última campanha presidencial de Jair Bolsonaro, e nem o 25 do DEM. Para ajudar na decisão desses detalhes, os articuladores da fusão contrataram, na semana passada, uma pesquisa. “A premissa era de nome novo e número novo. Foram os melhores avaliados na pesquisa qualitativa”, disse Efraim ao Estadão.
O novo partido será presidido pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar, e terá o presidente do DEM, ACM Neto, na secretaria-geral. As executivas nacionais dos dois partidos aprovaram a fusão e convocaram para o dia 6 de outubro, quinta-feira da próxima semana, uma reunião conjunta dos diretórios nacionais das duas legendas, quando serão decididos o estatuto e o programa do novo partido. De acordo com nota do PSL, “também será eleita a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o registro do novo partido”.
A fusão das duas siglas, caso concretizada, terá as maiores quantias dos fundos eleitoral e partidário e o maior tempo de rádio e televisão para a eleição de 2022. O dinheiro será consequência de a nova sigla ter a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, que também terá força para definir os rumos dos projetos da Casa. Além disso, a legenda terá quatro governadores e sete senadores.
O novo partido pretende ter candidatura própria a presidente da República. Atualmente são três pré-candidatos: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Pacheco também mantém negociações para se filiar ao PSD. No entanto, o comando da fusão DEM-PSL pretende liberar seus filiados para apoiarem outros candidatos, como o presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de não estar na base do governo, hoje o DEM tem entre seus quadros os ministros de Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ambos votaram pela fusão na reunião da Executiva do DEM.
Fonte: Estadão
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