Ramírez abre o placar na primeira etapa, mas Marquinhos, de cabeça, Gabigol, de pênalti, e Antony constroem a virada
Foi suado, com atuação bem abaixo do normal, mas saiu a nona vitória em nove partidas da Seleção – virada por 3 a 1 contra a Venezuela, em Caracas, no Estádio Olímpico da UCV. A melhor notícia foi a boa atuação de Raphinha, o estreante da segunda etapa. Antony também foi bem. A primeira etapa foi de muitas dificuldades. O Brasil saiu atrás em lance de dupla escorregão da defesa – Erick Ramírez aproveitou – e só virou na segunda etapa em dois gols de bola parada – Marquinhos de cabeça e Gabigol de pênalti. No fim, Antony recebeu de Raphinha e fez o terceiro.
Com a vitória, o Brasil mantém 100% de aproveitamento após nove rodadas e vai a 27 pontos, na liderança das Eliminatórias. A classificação para a Copa do Mundo está muito bem encaminhada – a chance é de 99%, segundo o matemático Tristão Garcia. Já a Venezuela segue na última colocação, com apenas quatro pontos ganhos.
Foram 45 minutos muito ruins da seleção brasileira. Embora tenha tido mais a bola (60% x 40%), a equipe de Tite criou pouco e finalizou apenas quatro vezes. Os donos da casa abriram o placar logo aos 10 minutos, em lance de “videocassetada”. Soteldo escapou pelo lado direito, nas costas da defesa, e cruzou para a área. Marquinhos e Fabinho escorregaram ao mesmo tempo, e Eric Ramírez mandou para as redes. Mesmo em desvantagem, o Brasil não conseguiu exercer muita pressão.
Aos 17, Gabriel Jesus teve chance cara a cara com o goleiro, dentro da área, mas chutou para fora – na sequência, o árbitro marcou impedimento. A melhor chance canarinho veio quatro minutos depois, quando Éverton Ribeiro recebeu ótimo passe de Lucas Paquetá e, em vez e finalizar, o meia tentou o passe. A bola desviou na marcação e explodiu no travessão. Empolgada com a surpreendente vitória, a torcida venezuelana chegou até a gritar “olé” enquanto a Vinotinto trocava passes.
Tite lançou na segunda etapa o estreante Raphinha e tirou Éverton Ribeiro. Cheio de disposição, o estreante partiu para cima, deu trabalho e mostrou um pouco de suas qualidades, com dribles e boa bola parada. Foi dele o cruzamento de escanteio para o gol de Marquinhos, aos 25 minutos.
Naquela altura, o treinador já havia substituído Lucas Paquetá, colocou Vini Júnior e ficou com quatro atacantes. O Brasil seguia com dificuldades na criação, mas cercava a área da Venezuela. Em duas bolas paradas fez dois gols – um deles, o de Thiago Silva, foi anulado quando a partida ainda estava 1 a 0.
Tite mexeu mais, com Antony e depois também com Emerson Royal. Mais adiante, entrou Alex Sandro. O Brasil renovou o fôlego e cresceu. Raphinha e Antony fizeram grande jogada até a bola chegar a Vini Jr, que bateu para defesa do goleiro. Na sobra, pênalti em Gabigol, que fez o dele e virou. No fim, boa construção de jogada que envolveu Emerson e Raphinha, que deu ótima bola para Antony.
O Brasil volta a campo no domingo, às 18h (de Brasília), contra a Colômbia, em Barranquilla. No mesmo dia, às 17h30, a Venezuela recebe o Equador. Os duelos são válidos pela 5ª rodada e deveriam ter acontecido em março, mas foram adiados por conta da pandemia.
Fonte: GE