Unidade seria formada a partir de desmembramento da UFPI, a exemplo de outras ao redor do país
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, confirmou na última quarta-feira (20), diante da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que a pasta pretende criar novas instituições federais de ensino, a partir do desdobramento de unidades já existentes.
A proposta, apresentada pelo ministério em setembro deste ano, tem o intuito de “identificar melhores arranjos geográficos e regionais”, segundo integrantes da pasta. Para tal, prevê a instalação de seis institutos e cinco universidades, dentre as quais a Universidade Federal do Sudeste e Sudoeste do Piauí (Unifesspi), fruto da divisão da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Aos parlamentares da comissão, Ribeiro afirmou que cada instituto custará R$ 12 milhões, totalizando a quantia de R$ 75 milhões. O gestor não especificou o valor destinado à criação das novas universidades que, além do Piauí, incluem campi no Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso e Maranhão.
No entanto, a medida foi alvo de críticas por parte dos deputados, que apontaram uma “motivação política” por trás da decisão. De acordo com o presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), o governo intensificaria a intervenção na indicação de reitores, método adotado durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Outra preocupação dos legisladores diz respeito ao número de alunos atendidos pela proposta, uma vez que o simples desmembramento de instituições não causaria um aumento na quantidade de vagas oferecidas. “O que está se fazendo aqui não é nenhuma criação, mas divisão e integração. Não estamos trazendo resultados concretos para a sociedade, e com o agravante de que o impacto para cada novo instituto vai ser de R$ 12 milhões por ano”, afirmou o deputado Elias Vaz (PSB-GO).
Com informações de Agência Brasil