Atual presidente e candidato à reeleição pretende elevar índices de produtividade do TJ-PI
A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Piauí (OAB-PI) realizará, em novembro deste ano, novas eleições para a presidência do órgão. Concorrem ao pleito chapas formadas por candidatos a presidente, diretores, conselheiros federais, conselheiros seccionais e conselheiros fiscais. O grupo vencedor liderará a Ordem pelos próximos três anos.
Nesta terça-feira (26), o JT1 da Teresina FM recebeu o advogado e atual presidente da OAB no Piauí, Celso Barros Coelho, que disputa a reeleição pela chapa “Para seguir em frente”. Segundo o entrevistado, o pleito vigente contém aspectos nunca antes observados na história da Ordem.
“Nota-se a presença muito forte de difamações e promoção de notícias falsas, potencializadas pela intensa cobertura da mídia. Isso não é bom para o processo eleitoral. Há o direito constitucional à liberdade de expressão, mas não pode legitimar comportamentos que desabonem a conduta ética da advocacia”, refletiu.
Em resposta às críticas do candidato de oposição Raimundo Júnior, o presidente defendeu que sua gestão preza pela transparência das contas da OAB. Destacou o orçamento da entidade, avaliado em cerca de R$ 11 milhões, destinado a manter as mais de 170 salas distribuídas pelo estado. Também reforçou que são oferecidos descontos nas anuidades de advogados jovens (10% a 30%) e idosos (10% a 20%), cujos valores não podem ser alterados devido às políticas financeiras da Ordem nacional.
O candidato à reeleição citou como a principal marca de seus três anos de mandato a qualificação inédita da classe por meio de pós-graduações gratuitas em Direito Penal e Processo Penal e Direito Constitucional e Administrativo, oferecidas pela Escola Superior de Advocacia (ESA) e que beneficiaram mais de 4 mil advogados.
Para Barros, um dos maiores desafios é manter o equilíbrio e a credibilidade da OAB junto à sociedade. “Não temos amarras político-partidárias, nenhum tipo de vínculo que freie nossa independência. Mantivemos posicionamento contrário à indicação de deputados ao Tribunal de Contas do Estado, por exemplo. Caso sejamos reeleitos, vamos enfrentar os problemas crônicos do Tribunal de Justiça do Piauí e elevar seus índices de produtividade”, salientou.
Ao final da entrevista, o presidente lembrou que o processo eleitoral deve trilhar um caminho de conscientização, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, muito respeito à instituição. “A OAB não pode falhar, estar no limbo, mas cumprir suas obrigações frente aos advogados e à sociedade em geral”, completou.
Eleições OAB-PI: Raimundo Júnior prega transparência e chama atual gestão de “fachada”