Na terça-feira (09), o assunto foi discutido no JT2 da Teresina FM
A pandemia da Covid-19 forçou o mundo a criar novos hábitos, modificando a forma de trabalhar, socializar e estudar. As escolas precisaram ser fechadas para ajudar a reduzir a transmissão do coronavírus. Mas o ensino precisava continuar. Então, estudantes e professores se adaptaram e se reinventaram para viver essa nova realidade.
O ensino a distância foi uma das soluções. Docentes e alunos conectados através da internet, descobrindo outras formas e ferramentas para dar continuidade ao processo de educação. Mesmo que, no começo, a transição para esse mundo digital não tenha sido fácil.
No entanto, de acordo com a professora e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Neurociências e Educação (Nepne/UFPI), Andréa Kiss Gonçalves, com o retorno presencial das aulas, todas as escolas e docentes terão um grande desafio em relação à avaliação da aprendizagem. A estudiosa falou sobre o assunto em entrevista ao JT2 da Teresina FM, na terça-feira (09).
De acordo com ela, a pandemia trouxe aos profissionais do ensino a necessidade de refletir sobre os processos de educação. Andréa explica que as escolas precisam entender que os alunos não são os mesmos de antes da pandemia. “Nós temos hoje na escola um alunado diferente, que passou um tempo em casa e no ensino remoto. Com isso, eles tiveram várias perdas cognitivas”, afirmou.
Por mais que o ensino tenha continuado, ainda existe um grande déficit. Fora a carência de conteúdo, há também uma carência emocional, que está associada diretamente com o processo de aprendizado Essas perdas, segundo Andréia, são relacionadas a problemas com sono, irritabilidade, processos de ansiedade.
Então, os professores e as instituições de ensino precisarão, novamente, se adaptar. A professora Andreia afirmou que essa situação é um grande desafio, pois, os reflexos da pandemia estarão escancarados quando tudo voltar ao normal.