Índice subirá de 11% para 14%; gestor justifica medida como crucial para aliviar o rombo na Previdência
O presidente do Instituto de Previdência do Município de Teresina (IPMT), Esdras Avelino, afirmou que o órgão aumentará a alíquota dos servidores municipais ativos de 11% para 14%. Em entrevista concedida ao JT1 da Teresina FM nesta quarta-feira (24), o gestor explicou que a medida é necessária para sanar o elevado déficit previdenciário da capital.
“Nosso primeiro cálculo atuarial foi feito em 2007. Se desde aquela época houvesse aumentos pequenos e sucessivos na alíquota, teria se formado um caixa significativo ao longo dos anos e não se discutiria um aumento de 3%”, apontou.
Devido à pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Teresina deixou de repassar a contribuição patronal ao IPMT, o que contribuiu para o agravamento do rombo na previdência municipal. Conforme Avelino, o instituto dispõe de metade do valor total que deveria ter nos cofres, equivalente a cerca de R$ 300 milhões; essa quantia seria suficiente para pagar a folha de aposentados por apenas mais dois anos.
“Felizmente, a reforma previdenciária de 2019 e a recente decisão da Prefeitura em parcelar os débitos relativos à taxa patronal afastaram o risco de interrupção dos pagamentos a curto prazo. Queremos agora adequar a legislação do município às novas diretrizes trazidas pela reforma, as quais evitarão esse cenário a longo prazo”, assegurou o presidente.
Avelino acrescentou que o IPMT realiza auditorias internas para determinar as causas e o tamanho exato do déficit, bem como detectar possíveis irregularidades em gestões anteriores e na atual.