27/11/2024

Saúde

Ex-pesquisadora da Fiocruz defende imunização no combate à variante ômicron: “Maior proteção”

Cientista destacou elevados índices da cobertura vacinal no Brasil e queda nas taxas de morte por Covid

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Publicado por: FM No Tempo 09/12/2021, 11:34

Dois anos após o advento da pandemia de Covid-19, uma variante do vírus, detectada em países da Europa e da África e batizada pelos cientistas de “ômicron”, foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como extremamente preocupante devido ao fato de apresentar cerca de 50 mutações. No dia 30 de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou os dois primeiros casos no Brasil.

Em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta quinta-feira (9), a cientista Goreti Freitas, doutora em biologia celular e ex-pesquisadora da Fiocruz, esclareceu vários pontos sobre a nova variante. “Os patógenos evoluem à medida que infectam mais pessoas, ou seja, surgem por seleção natural”, destacou a especialista.

Foto: Teresina FM

Goreti ressaltou a alta porcentagem de brasileiros já vacinados com a primeira dose (mais de 90%) e enfatizou que poucos países no mundo possuem cobertura vacinal semelhante. Acrescentou ainda que, quanto menor a quantidade de imunizados, mais o vírus se espalha e gera combustível para o surgimento de variantes.

“O estudo feito em maio deste ano na cidade de Araraquara, em São Paulo, que teve mais de 95% da população adulta imunizada e registrou queda de mesmo índice no número de mortes, comprova que indivíduos vacinados apresentam maior proteção contra o vírus. Caso sejam infectados, demonstram apenas sintomas leves”, explicou a cientista.

A respeito da exigência do passaporte de vacinação feita por diversos estados brasileiros, dentre eles o Piauí, a pesquisadora encara a medida como um incentivo à vacinação. De acordo com Goreti, o principal objetivo de autoridades, cientistas e profissionais de imprensa deve ser conscientizar as pessoas sobre a segurança dos imunizantes.

“Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa foram testadas e passaram por crivos rigorosos. Aqueles que ainda as rejeitam devem se perguntar: qual a maior probabilidade, adoecer da vacina ou do contágio pelo vírus?”, completou a entrevistada.

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