O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) foi eleito o 3º hospital público mais bem avaliado do país, além de ficar na 5ª colocação no ranking de satisfação dos usuários de serviços públicos. Os dados são de levantamento realizado pela Controladoria Geral da União (CGU) por meio do sistema Fala.BR, divulgado na última quinta-feira (13).

Para o médico Maurício Giraldi, funcionário do HU, todos os piauienses devem se encher de orgulho ao receberem esta notícia. “Essa boa avaliação representa eficiência no atendimento aos clientes e transparência nos demais procedimentos. Nossos próprios pacientes buscam espontaneamente a ouvidoria e transmitem suas críticas e elogios”, observou em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta terça-feira (18).

Foto: Teresina FM

Giraldi pontuou que o Hospital Universitário, um sonho de mais de 30 anos da UFPI, começou a virar realidade em 2010, quando passou a integrar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Hoje, a instituição é a terceira maior rede do Brasil, perdendo apenas para a Rede D’Or, composta por uma fusão entre os grupos HapVida e Notre Dame.

“Em 2013 realizamos o primeiro concurso para médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. Atualmente dispomos de tecnologia de média e alta complexidade para procedimentos de alto custo e com mão de obra extremamente capacitada. Mais de 80% da área estrutural é destinada a esse tipo de atendimento”, afirmou.

O médico lembrou que o HU não possui caráter de urgência, mas é primariamente focado em atender o público com necessidades que o sistema apresenta dificuldade em resolver. Salientou que o hospital é o único da rede pública a oferecer serviços de oncologia, cirurgias cardíacas (uma a duas por dia) e de coluna vertebral (25 por mês). Além disso, recebe apenas pacientes adultos, uma vez que não tem estrutura pediátrica.

Foto: Ronaldo Pedroso/Ebserh

“Hoje temos quase 200 leitos, sendo 15 deles Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Queremos dobrar a capacidade esse ano, visando o déficit de aproximadamente 6 mil leitos registrado no Brasil. Não podemos retornar ao estado pré-Covid, quando tínhamos um número significativamente menor”, considerou.

Por fim, apontou que o hospital recebe anualmente recursos via Ebserh sob a condição de elaborar um planejamento estratégico, de desenvolvimento sustentável.

“O brasileiro criou essa concepção de que a coisa pública não funciona, muito menos a área da saúde. No entanto, apostamos na gestão profissionalizada, na limpeza do ambiente, na complexidade dos procedimentos, tudo para atender ao paciente com eficácia”, concluiu.