Atividades da rede municipal de ensino voltaram, de forma remota, na segunda-feira (7)
A Secretaria Municipal de Educação de Timon, município vizinho a Teresina, deu início na segunda-feira (7), de forma remota, ao ano letivo da rede pública de ensino. Por meio de um comitê de acompanhamento da volta às aulas, composto por Ministério Público, Conselho de Educação e outras entidades, a gestão irá definir nesta quinta-feira (10) se os alunos retornam à modalidade presencial.
O titular da pasta, Samuel Rodrigues, afirma que as condições sanitárias serão avaliadas antes de qualquer decisão, mas não enxerga o déficit no transporte público, por exemplo, como um problema.
“Em 2021 tivemos um sistema híbrido (presencial e remoto), e conseguimos implementá-lo em 100% das escolas graças ao transporte escolar oferecido pela Prefeitura aos estudantes da rede municipal”, contou em entrevista ao JT1 da Teresina FM.
Quanto à viabilidade das aulas à distância, o secretário citou um aplicativo para smartphones disponibilizado pela gestão aos alunos que não têm acesso à Internet. O serviço oferece videoaulas e atividades, que podem ser vistas sem wi-fi ou dados móveis; as tecnologias são necessárias apenas durante a instalação do dispositivo.
“Os alunos que, mesmo assim, não puderem acompanhar os conteúdos dessa maneira receberão um roteiro de estudos, elaborado pelos professores, e deverão, na semana seguinte, dar retorno das atividades propostas”, explicou.
Samuel esclareceu ainda que, a princípio, Timon vai conceder ao corpo docente da rede pública o reajuste federal de 33,24%, equivalente ao valor de um professor de nível médio inicial. No entanto, como o município não conta mais com esses educadores, apenas os de nível superior, o profissional que recebe o menor salário passará a ganhar R$ 3.116,00, um piso 62% maior que o nacional.
A respeito da Lei Orçamentária Anual de 2022, que ainda não foi aprovada pela Câmara Legislativa, o gestor reforçou que a pasta necessita da regularização para funcionar de modo adequado. “Temos uma lista de escolas para serem reformadas, contratos importantes para o andamento do ano letivo, dentre outras situações urgentes; se as demandas não forem atendidas, corremos o risco de recorrer à paralisação”, concluiu.