Wesley Carvalho, de apenas um ano e nove meses, teria sido queimado durante um ritual religoso
A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), realizou, na noite desta segunda-feira (21), quatro prisões temporárias no curso das investigações do desaparecimento de Wesley Carvalho Ferreira, de apenas um ano e nove meses, iniciadas no último dia 9.
De acordo com o delegado Matheus Zanatta, da Delegacia de Polícia Especializada, o pai e a mãe de Wesley, além dos avós do garoto, foram presos e interrogados sobre o caso. O agente afirmou que a PC-PI descartou a hipótese de sequestro, levantada pelos pais.
“Existe alguns fatos obscuros e controversos que precisam ser esclarecidos. A Polícia trabalha com outras linhas de investigação; uma delas é que a família ficou em jejum durante duas semanas, orando, e depois sacrificou a criança ateando fogo em seu corpo”, revelou Zanatta.
O delegado garantiu ainda que o órgão fará uma perícia no local onde a criança supostamente foi morta, na residência da família em Altos, a 42 km de Teresina. “As investigações continuam com o intuito de esclarecer a verdade”, completou.
Em 9 de fevereiro, Ângela Ferreira, a mãe de Wesley, registrou um boletim de ocorrência a respeito de um suposto sequestro do filho, ocorrido na Praça da Bandeira. Segundo sua versão, dois homens armados teriam abordado ela, a criança e o pai, e exigido que o bebê fosse entregue, fugindo do local na sequência.
No entanto, os fatos teriam acontecido quase dois meses antes, em 29 de dezembro, o que trouxe suspeitas para a Polícia. A explicação de Ângela para a demora consistiu em uma mudança de endereço, de Altos para Teresina, com medo de represálias dos bandidos; sua irmã teria a convencido, por fim, a levar o caso às autoridades policiais.
No decorrer da investigação, o delegado Zanatta afirmou que a PC-PI trabalhava com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver, após encontrarem roupas descartadas no terreno da casa da família em Altos.