Para o Tribunal do Júri, o réu Deivid Ferreira cometeu homicídio duplamente qualificado ao matar Gabriel Brenno em 2019
O réu Deivid Ferreira de Sousa, acusado de assassinar o estudante Gabriel Brenno Nogueira em julho de 2019, foi condenado nesta segunda-feira (7) a 15 anos e seis meses de prisão por homicídio duplamente qualificado.
O julgamento ocorreu na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Teresina, e foi presidido pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal.
Segundo a magistrada, o réu cometeu o crime por motivo fútil e empregou recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ter fugido da cidade após o homicídio, o que comprova sua periculosidade no meio social e, portanto, lhe nega o direito de responder em liberdade.
Para o Ministério Público do Piauí (MP-PI), representado pelo promotor João Malato Neto, o crime teria sido premeditado, uma vez que “a materialidade do homicídio está comprovada nos autos e há indicativo de que o acusado arquitetou toda a ação delitiva”.
A pena deverá ser cumprida em regime fechado. Deivid já estava preso, desde 2019, na Penitenciária Irmão Guido, zona rural de Teresina.
Em 17 de julho de 2019, o estudante Gabriel Brenno Nogueira foi baleado na cabeça ao sair da pensão onde residia, na Rua Paissandu, Centro de Teresina. O jovem se dirigia ao cursinho que frequentava na mesma região.
A vítima foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde ficou internada durante seis dias, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu em 23 de julho.
Após investigação da Polícia Civil, o motorista de aplicativo Deivid Ferreira de Sousa foi identificado como suspeito de cometer o crime. Ele teria fugido de Teresina em direção ao município de Matões, no Maranhão, a 86 km da capital piauiense, e foi preso somente 21 dias depois.
Ainda de acordo com a PC-PI, a motivação do homicídio teria sido passional, uma vez que Gabriel mantinha um relacionamento amoroso com a ex-companheira de Deivid, Thayanne Fernandes.
Durante e após a prisão, e também no julgamento, Deivid pediu perdão repetidas vezes à família da vítima e à sociedade, alegando que não teve a intenção de assassinar o jovem.