“O SIMEPI repudia a referida legislação e tomará as medidas cabíveis”, destacou o sindicato via nota
O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) divulgou uma nota de repúdio à Lei Estadual n° 7.750, que obriga o obstetra a inserir a participação de uma doula no trabalho de parto. O documento foi publicado no dia 14 deste mês no Diário Oficial do Estado.
“A malfadada lei, sem nenhuma competência técnica para tal, o que seria caracterizado como violência obstétrica e, num absurdo sem precedentes, interfere em técnicas exclusivamente médicas, alterando a assistência à gestante de forma irresponsável e criando grave risco ao binômio mãe-feto. O SIMEPI repudia a referida legislação e tomará as medidas cabíveis para salvaguardar a saúde das gestantes e as condições de trabalho dos médicos do nosso estado”, destacou a entidade sindical, através de suas redes sociais, nesta quinta-feira, 24.
A proposta foi apresentada em março do ano passado, na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), pela deputada Teresa Britto (PV).
Procuramos a parlamentar, nesta sexta-feira (25), para tratarmos sobre a nota divulgada pelo Sindicato dos Médicos. Teresa Britto, via assessoria de imprensa, destacou que a lei “não tem o objetivo de ferir o ato obstétrico, tampouco interferir no brilhante trabalho dos médicos, mas sim de ampliar os mecanismos existentes para o parto humanizado”.
“Sabemos, também, que, infelizmente, há casos de violência obstétrica, que devem ser combatidos e repudiados. Acreditamos que a presença das doulas não é para fiscalizar o trabalho do médico, mas sim de auxiliar o trabalho da equipe multidisciplinar para um parto seguro”, acrescentou a parlamentar.
A doula é uma de assistente de parto, sem, necessariamente, formação médica. A profissional da área acompanha a gestante no parto e no pós-parto oferecendo suporte emocional.