Oftalmologista recomenda uma consulta por ano a pacientes sem patologias e duas ou três a indivíduos com comorbidades
O Abril Marrom é uma campanha de conscientização a respeito das principais causas de cegueira evitável. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 60% a 80% de chance de recuperação caso sejam diagnosticadas precocemente. Entre as doenças oculares mais comuns figuram a catarata, o glaucoma e a retinopatia diabética.
De acordo com o médico Daniel Silveira, a oftalmologia é tão importante quanto outras áreas da saúde. “Se o paciente não tiver patologia de base, deve ir ao oftalmologista apenas uma vez ou ano. Caso tenha diabetes ou outra doença, é recomendável que visite uma clínica de duas a três vezes anualmente”, explicou ao JT1 da Teresina FM nesta segunda-feira (18).
No caso da retinopatia diabética, que causa perda visual gradativa e pode progredir para cegueira total, Silveira afirmou que o paciente deve controlar suas taxas de glicemia, recorrendo à prática de exercícios e à boa alimentação, além de consultar-se frequentemente com um oftalmologista.
Em relação ao uso abusivo de telas, extremamente comum na sociedade atual, inclusive entre crianças, o médico alertou para a luz azul proveniente dos smartphones e tablets, a qual pode ocasionar astimagtismo, síndrome do olho seco e até mesmo miopia.
“Alguns podem relatar que enxergam perfeitamente e, portanto, não precisam ir ao oftalmologista. Entretanto, há doenças silenciosas, como o glaucoma, que se desenvolvem ao longo dos anos e são descobertas somente quando os pacientes em questão vão a uma clínica. Por isso é crucial que não adiem suas visitas por muito tempo”, reforçou.
Quanto ao uso de lentes de contato, Silveira observou que podem ser utilizadas para trabalhar ou praticar esportes, exceto a natação, uma vez que água de piscina é contraindicada. Entretanto, apontou os cuidados necessários a serem adotados, especialmente com as lentes coloridas, que possuem o dobro da espessura das comuns.
“Há pacientes que as utilizam diariamente, até durante o sono. O problema é que essas lentes prejudicam a oxigenação da córnea, tecido responsável por 80%, 85% da visão humana. Se for prejudicada, acarreta graves complicações, desde infecções à necessidade de transplante”, concluiu.