O ex-presidente se desculpou após a polêmica
O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), classificou nesta terça-feira como “infeliz” a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre policiais. O pré-candidato à República afirmou no mês de março, durante um evento em São Paulo (SP), que Jair Bolsonaro (PL) “não gosta de gente, e sim de policial”. A alegação recebeu diversas críticas.
À imprensa, o colega de partido e pré-candidato ao senado, Wellington Dias, argumentou que existe uma estratégia que visa, a todo momento, desviar as atenções da população. No entanto, o ex-governador admite que a fala foi inadequada.
“Ele (Lula) reconheceu que fez uma declaração infeliz, que dava margem para um interpretação que não era bem o que ele queria dizer (…) Ele colocou com todo o respeito. É uma pessoa que foi presidente do Brasil no período em que existiu uma das melhores relações com todos os tipos de policiais”, alegou.
No dia 30 do mês passado, em evento para mulheres, na periferia de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), “não gosta de gente, e sim de policial”. Ou seja, o petista deu a entender que policial não é gente.
“Hoje, temos um presidente que não derramou uma lágrima pelas vítimas da covid ou com a catástrofe que houve em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ele não tem sentimento. Ele não gosta de gente, ele gosta de policial. Ele não gosta de livros, ele gosta de armas”, afirmou.
Um dia após a gafe, já em discurso durante no ato das centrais sindicais na praça Charles Müller, também em São Paulo, Lula se desculpou.
“Quando eu estava fazendo discurso, eu queria dizer que Bolsonaro só gosta de milícia, não gosta de gente, e eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente. Quero aproveitar para pedir desculpas aos policiais deste país, porque muitas vezes eles cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador. E temos que tratá-los como trabalhadores desse país”, disse o ex-presidente.
Matéria de Wanderson Camêlo e Lilian Oliveira