Informação foi divulgada com exclusividade à Teresina FM pelo secretário de Planejamento João Henrique Sousa
Matéria de Luciano Coelho
O secretário de Planejamento da Prefeitura de Teresina, João Henrique Sousa, informou à Teresina FM que o município vai acionar os professores temporários para fazer as escolas funcionarem e garantir as aulas aos alunos da rede municipal de ensino. “Esse pessoal deve substituir os professores que estão em greve”, declarou.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semec), 80% das escolas estão funcionando e 20% estão paradas, muitas porque não tem o número suficiente de professores.
Mas, para reduzir o prejuízo gerado pelo movimento de paralisação encabeçado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm), vão fazer as escolas funcionarem com pessoal contratado.
Na avaliação do secretário João Henrique, a greve dos professores provoca um imenso prejuízo para a educação. “Não há uma reação maior, porque a classe média e alta não tem alunos na rede municipal. Mas o prejuízo é enorme”, frisou.
A Prefeitura advertiu que, como a Justiça decretou a ilegalidade da greve, os pontos de quem não comparecer à sala de aula podem ser cortados. No entanto, boa parte dos grevistas estão à disposição do sindicato e, por isso, não poderiam ter esses descontos nos contracheques.
Os profissionais da educação que prestam serviços para a prefeitura de Teresina deflagraram greve em 7 de fevereiro deste ano. A categoria exige a implementação do aumento do piso salarial do magistério, no percentual de 33,23%, conforme prevê a legislação federal sobre o piso do magistério para 2022, bem como o rateio das sobras do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) de 2021.
Já em 8 de abril, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decretou a ilegalidade da greve dos professores da rede municipal e estipulou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da ordem.
Na última sexta-feira (6), o TJ-PI decidiu manter a ilegalidade da greve e aumentou para R$ 30 mil a multa para caso de descumprimento da decisão de regresso às salas de aula.
Para Sinésio Soares, coordenador do Sindserm, o desembargador Oton Lustosa não se prestou a ouvir a versão dos fatos do sindicato.
“As escolas não estão totalmente fechadas há dois anos como o magistrado alegou. Muitos profissionais até morreram por seguirem trabalhando no auge da pandemia. Igualmente não temos dinheiro para pagar as multas absurdas decididas pela Corte. Vivemos em um Estado democrático de direito: enquanto houver recursos, iremos recorrer”, garantiu.