Regina Sousa concedeu entrevista ao JT2 nesta segunda-feira (13)
Matéria de Luciano e Lilian Oliveira
Em entrevista ao Jornal da Teresina 2º edição, nesta segunda-feira (13), a governadora Regina Sousa descartou a possibilidade de conceder o reajuste salarial exigido pelos professores estaduais. Os servidores estão em greve desde 23 de fevereiro deste ano.
“Não temos como dar reajuste. Eu seria burra se tivesse dinheiro para dar aumento e não desse, principalmente para professores. Todo reajuste que foi dado, foi dado dentro do orçamento possível”, disse a gestora.
Além disso, Regina destacou que está “rezando” para que o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que estabelece um teto para cobrança de ICMS, não passe no Senado. No entanto, a gestora admite que vai passar.
Segundo ela, se aprovado, a primeira queda é na arrecadação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “O Fundeb sai do ICMS […] As pessoas não compreendem que o Fundeb é fundo dos estados, são eles que botam dinheiro lá. A União bota bem pouco e os municípios nada”, pontuou.
Os professores da rede pública estadual cobram do executivo piauiense o reajuste de 33,24%, referente ao novo piso do magistério, nos vencimentos, além do rateio do precatório (R$ 1,6 bilhão) do antigo Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef). Além disso, pedem um reajuste de 17% relacionados aos anos de 2019 e 2020.
No dia 30 de maio, os deputados estaduais aprovaram um reajuste de 14,17% para os profissionais do Magistério da educação básica. A matéria foi aprovada em 1º e 2º votação. A classe, porém, contesta a decisão.
A governadora do Piauí Regina Sousa (PT) assinou, no dia 15 maio, o Decreto nº 21.079, que determina o desconto no contracheque dos trabalhadores da educação estadual, que permanecerem em greve.
A medida veio após decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) que manteve a ilegalidade da greve dos professores da rede pública.