29/11/2024

Polícia

Esposa de Milton Ribeiro disse que ele ‘estava sabendo da operação’ e que ‘para ter rumores do alto é porque o negócio já estava certo’

Ex-ministro da Educação foi preso — e depois solto por ordem judicial — em operação da Polícia Federal que investiga cobrança de propina para liberação de recursos para municípios

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Publicado por: Caio Rabelo 25/06/2022, 08:50

No dia da prisão de Milton Ribeiro, sua esposa, Myrian Ribeiro, disse que ele já “estava sabendo” que seria alvo da Polícia Federal. O ex-ministro da Educação foi preso na quarta-feira (22) e, por ordem judicial, foi solto no dia seguinte.

“Ele não queria acreditar, mas ele… ele estava sabendo. Para ter rumores do alto (…) é porque o negócio já estava certo”, disse em interceptação telefônica feita pela PF autorizada pela Justiça. O interlocutor da conversa foi identificado como “Edu” e não teve a identidade revelada.

Jair Bolsonaro e Milton Ribeiro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em conversa com uma de suas filhas que também foi gravada, Ribeiro diz que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou para ele, dizendo que estava com um “pressentimento” de que pudessem atingi-lo por meio do ex-ministro. “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê”.

A Justiça Federal de Brasília atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação sobre o ex-ministro da Educação por suspeita de envolvimento dele e de pastores em um esquema para liberação de verbas da pasta.

O pedido do MPF foi baseado em conversas do ex-ministro com terceiros, gravadas com autorização da Justiça, e que, na visão dos procuradores, são indícios de que o presidente Jair Bolsonaro interferiu na investigação.

O MPF justifica o pedido com base em interceptações telefônicas de Milton Ribeiro que indicam a possibilidade de vazamento das apurações do caso. Segundo o MPF, há indícios de que houve vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do Bolsonaro.

Fonte: G1

 

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