Ministro da Casa Civil também alfineta a governadora Regina Sousa (PT) diante das denúncias de irregularidades do Pro Aja
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), finalmente rebateu às críticas do senador Marcelo Castro (MDB) quanto à destinação de recursos federais para obras de infraestrutura no Piauí.
Em entrevista concedida ao JT1 da Teresina FM nesta sexta-feira (29), Nogueira afirmou que as acusações “fogem da realidade”. “Como eu poderia atrapalhar a liberação de recursos se sou o político que mais trouxe verbas para o estado? Se somar toda a bancada federal não dá metade dos recursos que já viabilizei”, disparou.
Sem rodeios, o ministro declarou que sente “vergonha” de ter votado em Castro para o Senado. Segundo o líder do grupo oposicionista no Piauí, o emedebista virou um “despachante” de sua própria família.
“Ao invés de buscar verbas para o estado que representa, vai atrás destas para atender aos interesses de seus familiares, que as executam com licitações viciadas e outros escândalos. Envia recursos para a secretaria chefiada pelo seu filho [Castro Neto, superintendente do DER-PI] e para as obras de seus irmãos e primos”, acusou.
Outro alvo do chefe da Casa Civil foi a governadora Regina Sousa (PT) que, segundo ele, foi sua professora no ensino básico. Nogueira frisou que a gestora representa a “maior decepção” que já teve em sua vida política.
“Eu costumava falar, antes da posse de Regina, que ela iria acabar com toda a ‘esculhambação’. Sempre a considerei uma mulher séria e honesta. Mesmo assim, como educadora, patrocinou o desvio de recursos de um programa que visa alfabetizar os cidadãos [Pro Aja]. Não coíbe os desmandos e apenas piora a situação”, lamentou.
O senador licenciado fez questão de ressaltar que, caso Silvio Mendes (União Brasil) assuma o Palácio de Karnak no ano que vem, a governadora terá “problemas”, ao final de sua vida, com a quantidade de processos que precisará responder, particularmente pelas denúncias de irregularidades no Pro Aja.
“Tenho certeza de que Silvio não deixará impunes os responsáveis por esse escândalo [mortos matriculados no Pro Aja]. Todos terão de pagar exemplarmente”, concluiu.