Parlamentar petista se explicou por meio de vídeo divulgado em suas redes sociais
Merlong Solano (PT), um dos representantes da bancada federal piauiense a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Saída Temporária, tentou até justificar o posicionamento, mesmo assim foi bastante criticado.
O petista se explicou por meio de vídeo, divulgado em suas redes sociais, e foi atacado por vários internautas.
“Votei com muita convicção a favor da manutenção da saída temporária para quem está preso no Brasil. São mais de 800 mil pessoas presas por cometerem os mais diversos tipos de crimes, inclusive o criminoso que não representa um perigo para a sociedade porque cometeu um crime pontual, por exemplo, se envolveu em um crime de trânsito. Tem que responder pelo que fez, mas ele não pode ir para a mesma ala da penitenciária onde estão os estupradores, os assaltantes a mão armada, onde estão os assassinos de aluguel […], destacou Merlong em postagem feita nesta quinta-feira (4).
A publicação recebeu uma enxurrada de comentários; grande parte contém críticas ao deputado. “É muito fácil votar a favor da saidinha dos presos, quando se anda com segurança armado, mora em condomínio fechado. #ForaPT”, escreveu um dos internautas.
A maioria dos parlamentares piauienses votou a favor do texto-base da PEC da Saída Temporária, que extingue a liberação de detentos do regime semiaberto.
Em sessão plenária na Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (3), seis deputados aprovaram a proposta, enquanto apenas três rejeições e uma ausência foram registradas.
Os políticos que votaram “sim” são os seguintes: Átila Lira (Progressistas), Fábio Abreu (PSD), Iracema Portella (Progressistas), Júlio César (PSD), Marcos Aurélio Sampaio (PSD) e Margarete Coelho (Progressistas).
Os únicos deputados que votaram “não” foram Flávio Nogueira, Merlong Solano e Rejane Dias, todos do PT. Somente Marina Santos (Republicanos) não compareceu à votação.
No total, a proposta foi aprovada por 311 parlamentares e rejeitada por 98, e segue agora para apreciação do Senado, que irá analisar as alterações feitas pela Câmara.
O texto, apresentado pelo relator Capitão Derrite (PL-SP), indica a abolição completa das saídas temporárias, previstas aos condenados em regime semiaberto durante feriados, frequência de cursos e participação de atividades.