Candidato do Patriota ao governo do Piauí menciona “cláusula de renúncia” em caso de descumprimento de propostas
O presidente estadual do Patriota, Gustavo Henrique, é o candidato do partido ao governo do Piauí nas eleições deste ano. O servidor público de 48 anos já concorreu ao Senado Federal, pelo PSC, em 2014, e à Câmara de Teresina em duas oportunidades (pelo PSC em 2016 e pelo Avante em 2020).
Na visão de Henrique, a principal diferença entre a sua candidatura e as demais diz respeito à “cláusula de renúncia antecipada”, presente em seu plano de governo, a ser acionada em caso de descumprimento de qualquer uma das propostas.
“Desafiei todos os outros candidatos a fazerem a mesma coisa. Fiz esse movimento para nos credibilizar junto ao eleitor cético, que escolhe alguém para votar mesmo tendo consciência de que talvez a pessoa em questão não entregue seu melhor”, afirmou ao JT1 da Teresina FM nesta segunda-feira (29).
O candidato do Patriota destacou a necessidade de “despolitização” das áreas que considera fundamentais para a sociedade: educação, saúde e segurança. Henrique garantiu que, caso eleito, não irá nomear políticos de carreira para assumirem as secretarias estaduais.
“Isso não significa que não tenham competência para chefiar alguma pasta, mas quando você exerce um mandato acaba tendo uma visão estreita, passional, gerindo para um nicho político. Precisamos de concursos de rotina para esses setores”, pontuou.
Entre as propostas para a segurança pública, Henrique citou a interiorização das ações do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e considerou o advento das guardas municipais como um “processo irreversível”.
“Queremos fomentar a criação de brigadas de prevenção e combate a incêndios em conjunto com a Defesa Civil e as guardas municipais em cidades-referências, como Campo Maior, e municípios menores, como a vizinha Jatobá”, apontou.
Em relação à saúde, o candidato defendeu o fortalecimento das unidades de saúde regionais a fim de aumentar a quantidade de médicos no interior do estado.
“Temos uma carga considerável de médicos em Teresina não somente porque é a capital, mas pela boa estrutura que apresenta. Se propiciarmos um ambiente de trabalho atraente, não somente esses profissionais, como também os enfermeiros e técnicos terão interesse em se estabelecerem nos demais municípios”, enfatizou.
Quanto à educação, Henrique classificou a inauguração de escolas novas como “sinônimo de corrupção” e frisou que, ao invés de construir novas unidades, optará pela requalificação das já existentes.
“Utilizaremos os precatórios e as demais parcelas de investimento com transparência, implementaremos energia solar e laboratórios de pesquisa e informática. Concederemos autonomia administrativa e financeira à Uespi, cujo reitor não sabe se terá dinheiro ao final do mês para realizar os gastos necessários”, completou.