Matéria de Wanderson Camêlo e Lilian Oliveira 

A Câmara Municipal de Teresina resolveu arquivar o segundo processo de impeachment contra o prefeito Doutor Pessoa (Republicanos). A solicitação foi votada nesta terça-feira, 06.

O presidente do legislativo municipal, Jeová Alencar (Republicanos), não confirmou, mas nossa reportagem apurou que nesta segunda-feira (05) ele se reuniu com o prefeito, que solicitou do vereador articulação junto à base para que o processo fosse derrubado.

Doutor Pessoa, prefeito de Teresina (Foto: Divulgação/PMT)

A votação aconteceu de forma discreta e já no final da sessão. Da oposição apenas Ismael Silva permaneceu para confirmar voto; aliás, ele foi a favor do arquivamento.

Participaram da sessão, além de Jeová (que, por ser o presidente, só vota em questão de desempate), Antônio José Lira (Republicanos), Allan Brandão (PDT), Leonardo Eulálio (PL), Valdemir Virgino (Progressistas), Thanandra Sarapatinhas (Patriota), Enzo Samuel (PDT), Venâncio Cardoso (PSDB), Elzuila Calisto (federação PT/PV/PCdoB), Fernanda Gomes (Solidariedade), Zé Filho (Republicanos), Vinício Ferreira (sem partido), Pollyana Rocha (federação PT/PV/PCdoB), Neto do Angelim (Progressistas), Capitão Roberval Queiroz (União Brasil), Joaquim Caldas (MDB), Bruno Vilarinho (PTB) e Ismael Silva (PSD).

Segundo o vereador Antônio José Lira, do republicanos, a decisão foi baseada em parecer da própria procuradoria legislativa da casa. “Baseado na lei 201/67 do artigo 5º inciso 2, por maioria simples o plenário decide se tramita ou não, e não foi aprovado o tramite, ou seja, foi arquivado”, disse.

Antônio José Lira, vereador pelo Republicanos (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

Saíram do plenário: Edson Melo (PSDB), Paulo Lopes (PSDB), Evandro Hidd (PDT) e Luiz Lobão (MDB). Nenhum deles quis tratar do assunto.

O requerimento que pedia o arquivamento do impeachment do prefeito Doutor Pessoa (Republicanos) foi apresentado ainda na semana passada pelo vereador petista Dudu. 

A solicitação foi apresentada no último dia 31; havia quórum suficiente para apreciação, mas o plenário foi esvaziado. De acordo com informações obtidas pela nossa reportagem, dos vereadores presentes na sessão, apenas 12 permaneceram.

O processo de impeachment foi protocolado no fim de junho deste ano na Câmara Municipal. O processo é assinado pelo promotor Francisco de Jesus Lima, da 35° Promotoria de Teresina. 

Segundo o MPPI, Doutor Pessoa cometeu improbidade administrativa ao não conceder o aumento linear de 33% (segundo o novo piso do magistério) para os professores. No mesmo processo o Ministério Público também solicitou o afastamento do secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso.