Donos de empresas do transporte público alegam que projeto descumpre o contrato firmado com o Município
O táxi-lotação, já autorizado pela prefeitura de Teresina a funcionar, promete dar o que falar. Como apurado pela reportagem da Teresina FM, empresários de ônibus planejam entrar na Justiça para derrubar a portaria que normatiza o serviço.
Os empresários do transporte coletivo alegam que o táxi-lotação descumpre o contrato realizado entre as empresas e o Município. Mesmo diante da ameaça, o executivo promete não recuar.
Aliás, em entrevista à Teresina FM nesta quarta-feira (21), o secretário Municipal de Governo, André Lopes, elogiou o projeto, aprovado pela Câmara de Vereadores em junho de 2021.
“É uma ferramenta de participação popular e democrática feita para entender o sentimento da população e dos taxistas. Na minha avaliação, [o projeto] foi muito bem-sucedido”, declarou.
O gestor fez referência à consulta pública aberta pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), em junho deste ano, que recebeu informações, opiniões e críticas da sociedade a respeito do táxi-lotação.
A portaria que regulamenta o funcionamento do táxi-lotação foi divulgada na última segunda-feira (19) no Diário Oficial do Município (DOM).
O documento estabelece a possibilidade de compartilhamento do serviço de táxi convencional com até quatro pessoas, com exceção do motorista, isso em caso de veículos de passeio convencionais.
Nos veículos com até sete lugares, a lotação permitida será de seis passageiros (com exceção do motorista). Os carros cadastrados para realizar o serviço não poderão fazer embarque e desembarque nas estações de integração. O valor da tarifa vai ter como base o valor cobrado no serviço de táxi convencional.
Os interessados em oferecer o serviço de táxi-lotação devem se dirigir à Strans para a realização dos trâmites formais. A portaria tem validade de 180 dias, período que pode ser prorrogado.
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