Um homem armado invadiu uma das salas de aula da Universidade Federal do Piauí (UFPI), na zona Leste de Teresina, na noite desta quinta-feira (22), realizou um arrastão e manteve estudantes do curso de Pedagogia trancafiados por pelo menos 20 minutos.

Segundo relatos de testemunhas, a ocorrência teve início por volta de 20h30. O criminoso adentrou a aula de Avaliação da Aprendizagem e, após cumprimentar os presentes, exigiu que os alunos abaixassem a cabeça e entregassem os telefones celulares.

Pórtico da Universidade Federal na zona Leste de Teresina (Foto: Divulgação/UFPI)

“Ele nos mandou ficar quietos, tinha uma voz bem calma. Vi que vestia uma camisa branca e usava uma espécie de luva. [Além dos celulares], levou nossos relógios e anéis”, contou Emilly, estudante de Pedagogia.

De acordo com a jovem, o assaltante encarregou a própria professora de recolher os bens da turma. Antes de sair, anunciou que o prédio estava “cercado” e trancou a porta da sala, com um cadeado, pelo lado de fora.

“[O criminoso] nos disse que deveríamos permanecer na sala por mais meia hora. Assim que foi embora, fizemos uma barricada na porta, com a mesa da professora, e ligamos para os familiares e a polícia. Uns 20 minutos depois, os seguranças e os pais de algumas alunas apareceram e quebraram o cadeado”, descreveu.

A discente acrescentou ainda que, em frente à sala de aula, há um matagal onde a iluminação é quase nula, assim como em outros pontos do Centro de Ciências da Educação (CCE), especialmente nos corredores laterais.

“Os seguranças protegem apenas o patrimônio e não os alunos. A UFPI vê as coisas acontecerem e não toma nenhuma atitude. Ficamos na tensão de ir à universidade e algo ruim acontecer”, lamentou Emilly.

A reportagem da Teresina FM entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFPI, que repassou a seguinte nota. Leia na íntegra:

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informa que mantém ações permanentes para garantir a segurança da comunidade acadêmica, não medindo esforços nesse sentido. No campus de Teresina, a Coordenadoria de Segurança e Vigilância atua com quase 200 profissionais, entre vigilantes desarmados e armados, efetivos e terceirizados.

Em horários de pico, as ações se intensificam com duas viaturas e três motos que fazem rondas no campus. Além disso, são realizadas rondas frequentes por viaturas da Polícia Militar, parceria sempre valorizada pela atual gestão da Universidade. A limpeza de espaços e vias e a manutenção da iluminação se somam às ações voltadas ao conforto e segurança da comunidade acadêmica.

A UFPI lamenta o ocorrido no Centro de Ciências da Educação (CCE) e se solidariza com seus professores, estudantes e servidores técnico-administrativos, ao tempo em que reafirma o compromisso em permanecer atuando em prol do bem-estar de seus públicos.

Nesse sentido, providências já estão sendo adotadas, com medidas como: reforço das atividades de segurança no campus; instalação de um número maior de câmeras na Universidade; intensificação no monitoramento das entradas de acesso às unidades de ensino; interlocução com o Governo do Estado e órgãos competentes, a exemplo da Polícia Militar.

Como espaço democrático e sendo o Campus Ministro Petrônio Portella cortado por várias vias de uso público na cidade de Teresina, a UFPI esclarece que as medidas adotadas respeitam esse contexto, valorizando o diálogo com as esferas representativas na Instituição e trabalhando em atuação conjunta com os órgãos do setor de segurança no Estado.